ORNATUS VIEIRIANO: Retórica, Hermenêutica e Similitude em Antonio Vieira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Thomaz Heverton dos Santos
Orientador(a): Rossoni, Igor
Banca de defesa: Simões, Maria de Lourdes Netto, Fahl, Alana de Oliveira Freitas El, Telles, Célia Marques, Ornellas, Sandro Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28724
Resumo: A presente tese versa sobre a Retórica, Hermenêutica e Similitude em Antonio Vieira. Pressupõe-se que esses três elementos compõem um desenho teórico envolvente nos escritos vieirianos e que nos possibilitam enxergar a criação literária imensa e intrigante. Na vasta literatura, sermões, epistolografia e livros proféticos, a presente pesquisa concentra-se na ordem do profetismo, mais especificamente, o livro A chave dos profetas (2013), por entender ser uma obra de grande extensão teórica. A fim de nortear o trabalho investigativo, propõem-se questionamentos, a saber: como a retórica auxilia na construção do discurso literário do escritor português? E mais, como ponto controverso: como é possível afirmar que Vieira faça uso da retórica se o que se lê é a abordagem literal quando discursa sobre alguma ideia? Tais quesitos apontam para a interpretação, muitas vezes em sentido literal, e utilização das Escrituras Sagradas, além de figuras as quais ornam o discurso. Com a pesquisa, percebe-se, sobretudo, uso da similitude, dentre as outras marcas figurativas, cuja presença se faz com mais intensidade em A chave dos profetas (2013), constituindo-se assim em um livro histórico. A história, por sua vez, elemento inerente ao saber profético, e à Chave dos profetas, revela-se como a chave-mestra, a interpretação que implica em causar ruptura retórica e, ao preencher as lacunas, impõe-se enquanto discurso teológico e quinto-imperialista. O jogo entre o literal e a similitude se estabelece, então, no livro em estudo e formaliza um caminho metonímico do padre Antonio Vieira.