Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Irlanne Santiago
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Orientador(a): |
Brito, Angela Ernestina Cardoso de |
Banca de defesa: |
Brito, Angela Ernestina Cardoso de,
Clemente, Márcia da Silva,
Pinto, Elisabete Aparecida |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39470
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Resumo: |
O presente trabalho se propôs a analisar a incidência do abandono de mulheres negras encarceradas no Conjunto Penal Feminino de Salvador - BA, atentando-se para o processo de implantação, manutenção e utilidade das prisões através de uma ótica interseccional. O abandono de mulheres negras no cárcere é algo recorrente, não somente no Conjunto Penal ao qual este trabalho analisa, mas nas prisões em geral. Enquanto o fator classe e raça tem um papel determinante no encarceramento em massa, o fator do gênero tem um peso adicional no abandono às internas. Sendo que, quando os três fatores são atrelados compreendem a forma mais incidente da violência ao indivíduo que ocupa o lugar mais baixo da pirâmide social: a mulher negra. Deste modo, esta pesquisa foi estruturada por meio de revisão bibliográfica sobre a sociedade punitivista; o surgimento das penas e das prisões; a manutenção da privação de liberdade e sua eficácia (ou não); o lugar destinado a mulher negra na sociedade e nas prisões brasileiras e a situação de abandono e solidão que vivem as mulheres aprisionadas. Além da pesquisa bibliográfica, foram entrevistadas seis internas no Conjunto Penal Feminino de Salvador – BA, sendo que trabalhamos com a história de vida de duas delas e que são as coautoras deste trabalho. Para esta construção deste trabalho, foi trazida a história das prisões no mundo, na América e no Brasil em um primeiro momento. Seguido do ideário reformador e punitivista da sociedade em que vivemos, aliado aos dados estatísticos das prisões brasileiras, perfil da população carcerária, a eficácia (ou não) do sistema punitivo e execução da necropolítica do Estado, é estruturado a partir das condições em que as mulheres negras vivem no processo de aprisionamento sob uma ótica interseccional. Por fim, apresentamos a importância da família e do Estado na reinserção social, o abandono destinado a estas mulheres e os casos de abandono no Conjunto Penal Feminino de Salvador – BA. A pesquisa considerou que o abandono da família e do Estado à mulheres em situação de privação de liberdade incidem diretamente, sobretudo em mulheres negras que são atravessadas pelo racismo, machismo e sexismo existentes na sociedade, e que por muitas vezes compromete o processo na reinserção social. |