Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mairton Celestino da |
Orientador(a): |
Soares, Carlos Eugênio Líbano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós- Graduação em História da UFBA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11380
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Resumo: |
Em meio a uma manobra política, deu-se, em 16 de agosto de 1852, a transferência da antiga capital do Piauí, Oeiras, para a Vila Nova do Poti, futura, cidade de Teresina. Em pouco tempo, Teresina tornava-se o principal destino de escravos e homens livres da Província do Piauí. As razões estavam tanto na transferência da burocracia provincial como na construção da nova capital, até então com poucos prédios e casas residenciais. À medida que essa elite local ocupava os casarões na parte central das duas freguesias da cidade - Nossa Senhora do Amparo e Nossa Senhora das Dores - escravos e libertos constituíam, dentro e fora dos limites urbanos, mecanismos de sobrevivência e de sociabilidades. Assim, para muitos negros era preciso reinventar, na cidade de Teresina, outras relações, para isso, tiveram no domínio sobre as roças, nos folguedos/batuques e na formação de comunidades negras, conhecidas, na época, como calojis, o fundamento para tais expectativas. Caberia às elites locais, a organização de um aparato policial capaz de manter as relações de dominação vigentes, baseadas no cerceamento e, em alguns casos, na permissão dessas manifestações da identidade negra na cidade de Teresina. Dessa maneira, no espaço público das ruas, a proposta “civilizatória” apoiarse- ia numa enfática política de controle social, alicerçada, sobretudo, numa “suposta” eficiência policial. Isso porque, numa época de desagregação da instituição escrava e de passagem da mão-de-obra servil para a assalariada, forjar, entre aqueles recém-saídos do mundo da escravidão, inclinações ao trabalho, daria novos sentidos às violentas experiências do cativeiro e, portanto, outros significados à idéia de trabalho. É, portanto, tentando analisar as experiências de negros, cativos e libertos, e seus conflitos com a sociedade escravista teresinense do século XIX que a presente dissertação se estrutura. |