Ecos da casa grande: o pensamento escravista nos últimos anos da escravidão (1883 - 1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Falci, Fernando de Britto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15966
Resumo: Este trabalho disserta sobre as diversas reações escravistas à decadência da escravidão no contexto circundante às leis dos Sexagenários (1885) e Áurea (1888). E, junto a isso, dos argumentos a favor de indenizações aos senhores, das denúncias de descontrole sobre a escravaria e do movimento abolicionista movida pelos defensores dos interesses senhoriais na imprensa e no parlamento. Partindo do pressuposto que nessa época não era possível defender abertamente a escravidão, já que condenada em larga medida não só pelo liberalismo herdeiro do iluminismo (tido como modelo de civilização pelas classes dominantes imperiais), mas igualmente pelas novas teorias cientificistas europeias do final do século XIX. O discurso estudado se apropriava de elementos dessas ideias e as juntava com elementos do pensamento escravocrata tradicional. Com essa mistura que eles propunham suas alternativas, confrontavam seus adversários, enfrentavam o movimento abolicionista e expunham seus temores de um eventual descontrole sobre os escravos e os libertos. Os temas focados são as reações à ascensão do movimento abolicionista e ao aumento da rebeldia escrava, além das expectativas e previsões sobre a inserção do liberto no mercado de trabalho.