Saúde mental de estudantes universitários: fatores associados aos transtornos mentais comuns durante a vivência acadêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Rafael Anunciação lattes
Orientador(a): Carmo, Maria Beatriz Barreto do lattes
Banca de defesa: Araújo, Tânia Maria de lattes, Santos, Letícia Marques dos lattes, Leão, Thiago Marques lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade (PPGEISU) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35676
Resumo: A presente dissertação propõe-se a analisar os fatores associados aos Transtornos Mentais Comuns em estudantes universitários de graduação nos campi da Universidade Federal da Bahia localizados na cidade de Salvador - BA, no ano de 2021. Logo, trata-se de uma pesquisa quantitativa, de corte transversal, do tipo analítico exploratório, realizada com estudantes da graduação dos gêneros feminino e masculino, com idade igual ou maior a 18 anos, matriculados regularmente em todos os cursos dos turnos: matutino, vespertino, noturno e integral. Assim sendo, a dinâmica do processo de investigação para a coleta dos dados consistiu na aplicação de questionários validados e autoaplicáveis em ambiente virtual: Questionário Socioeconômico-demográfico (QSD), Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Vivência Acadêmica em sua versão reduzida (QVA-r). Os dados foram submetidos à análise quantitativa utilizando-se o software Statistical Package for Social Sciences - SPSS, em sua versão 20.0, para o sistema operacional Windows. Dessa forma, realizou-se a análise descritiva do perfil epidemiológico das características demográficas, socioeconômicas, do estilo de vida dos estudantes universitários e das condições de infraestrutura, relações interpessoais e do processo de ensino-aprendizagem da referida instituição de ensino superior. Também foram calculadas as Razões de Prevalência da variável dependente e independente e os respectivos intervalos de confiança de 95%. Aplicou-se o Teste t de amostra independente para diferença entre médias, o Teste do Qui-Quadrado de Pearson e o Teste Exato de Fisher, a considerar o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05) para avaliar a associação estatisticamente significante. Como resultados, participaram deste estudo 509 graduandos, sendo 367 (71,2%) do gênero feminino e 142 (27,9%) do gênero masculino, com idade média de 24,06 anos (DP = 6,566). Ademais, constatou-se uma prevalência para a suspeição de Transtornos Mentais Comuns (pontuação no SRQ-20 ≥ 7) de 78,6% da amostra, observada com maior percentual em estudantes do gênero feminino. Os resultados evidenciam, ainda, que ser do gênero feminino (p < 0,01), com cor/raça não-branca (p = 0,02), estado civil solteira (p = 0,01), sem apoio da Universidade frente às adversidades (p < 0,01) e que não considera a Universidade um ambiente acolhedor (p < 0,01) estiveram estatisticamente associados à maior ocorrência de Transtornos Mentais Comuns na amostra. Diante do descrito, discute-se a necessidade de novas investigações que complementem e aprofundem as questões, problemas e achados aqui apresentados e discutidos. Além disso, aponta-se para a necessidade de ações de cunho coletivo, tanto por parte dos gestores universitários quanto das entidades estudantis, bem como condutas institucionais, estratégias de cuidado em saúde mental e assistência intersetorial que proporcionem o bem-estar biopsicossocial dos discentes e a eficácia no estímulo de uma cultura institucional que valorize vivências acadêmicas mais saudáveis, humanas e solidárias no ambiente universitário.