Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barros, Marcelo Vinicius Miranda
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Orientador(a): |
Rodrigues, Malcom Guimarães
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Banca de defesa: |
Santos, Vinicius dos Santos,
Rodrigues, Malcom Guimarães,
Pereira, Leonardo Jorge da Hora,
Sass, Simeão Donizete,
Silva, Luciano Donizetti da,
Bressiani, Nathalie de Almeida |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40864
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Resumo: |
A nossa tese é de que, a partir do pensamento de Jean-Paul Sartre, os conflitos na luta por reconhecimento do outro ser humano não são um meio para um fim, isto é, não há reconciliação ou simetria nessa luta. Ao contrário, é pela continuação de um conflito permanente que se pode falar de reconhecimento, mesmo que este não seja simétrico. Esse é o nosso posicionamento geral nesta pesquisa, enquanto o nosso posicionamento específico se reflete no entendimento de que o reconhecimento deve sempre ser assimétrico ou dissimétrico, ao invés de simétrico. Para nós, é preciso que o reconhecimento recíproco ocorra de maneira assimétrica, senão, em uma relação com o outro, não haveria o reconhecimento da existência desse outro enquanto alteridade. Nossa posição é que, embora muitos vejam a reciprocidade no reconhecimento como necessitando de simetria, nossa tese argumenta que o reconhecimento pode existir sem simetria. Essa é a essência do nosso argumento. Portanto, como a filosofia social de Sartre pode contribuir para os debates contemporâneos sobre o reconhecimento? Tentaremos responder a essa pergunta. Honneth, um dos principais responsáveis pela renovação contemporânea da teoria do reconhecimento, afirmou ter identificado Sartre como o mais importante dos escritores franceses pós-Segunda Guerra Mundial. No entanto, ele também professa superar as limitações sartrianas: por um lado, Sartre oferece uma visão parcial do conceito de reconhecimento, vendo o outro como uma reificação; por outro lado, Honneth argumenta que sua teoria aborda o tema de forma mais abrangente. Diante disso, exploraremos como a crítica de Honneth ao pensamento de Sartre pode destacar a relevância contínua de Sartre para uma teoria do reconhecimento. Utilizaremos o trabalho de Sartre como base para analisar a interpretação sartriana de Honneth, demonstrando assim a importância duradoura de Sartre neste campo. A pesquisa começará com um relato sobre a proposta de Honneth e sua leitura interpretativa de Sartre, de modo a enfatizar como essa interpretação se cruza e difere da abordagem do reconhecimento que Sartre deriva de sua ontologia fenomenológica. Não temos a intenção de fornecer um relato exaustivo dos prós e contras da crítica de Honneth a Sartre. Nosso objetivo é, antes, mostrar que nossa própria interpretação da filosofia de Sartre pode pavimentar o caminho para a exploração de ideias que poderiam aprimorar os debates atuais sobre o reconhecimento. |