Relação espécie-área entre o coral bioinvasor tubastraea tagusensis wells 1982 e a carcinofauna associada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Menezes, Natália Matos de
Orientador(a): Johnsson, Rodrigo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Biologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18204
Resumo: Estudos recentes têm voltado a atenção para bioinvasão causada por organismos modificadores do ambiente. Dentre eles, plantas e invertebrados marinhos sésseis são os mais citados por criarem estruturas espaciais complexas que aumentam o nicho fundamental de diversas espécies através de “facilitação”. Corais escleractínios exóticos não são comuns. Entretanto, as espécies Tubastraea tagusensis e T. coccinea têm se destacado como bioinvasores de ambientes de águas rasas no Caribe e no Sudoeste Atlântico. No Brasil, ambas foram registradas inicialmente no sudeste (23°S). Recentemente, ambas as espécies foram observadas no nordeste, entre 12 e 15 m em um naufrágio na Baía de Todos-os-Santos (13°S). Embora alguns estudos tenham proporcionado informações sobre o seu potencial de reprodução e de competição, poucos estão relacionados às “facilitação”. Neste trabalho, além de registrar a interação de T. tagusensis com crustáceos no Naufrágio Cavo Artemidi, foram analisados padrões de relação espécie-área entre T. tagusensis e os crustáceos associados. Trinta amostras foram removidas e examinadas. O material foi fixado e os organismos associados foram triados para identificação. As colônias foram branqueadas para a medição do volume. Foram encontrados indivíduos pertencentes aos grupos Copepoda, Ostracoda, Amphipoda, Isopoda, Tanaidacea e Decapoda. Relação significativamente positiva entre o volume e o número de taxa de crustáceos foi encontrada apenas para Copepoda e Ostracoda. Tal resultado não pode ser atribuído a amostragem passiva nem a relação entre os crustáceos associados a T. tagusensis, sustentando a necessidade de mais estudos para entender os processos biológicos que explicam os padrões encontrados.