Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Danielle Pinheiro Carvalho |
Orientador(a): |
Oliveira, Elaine Cristina de |
Banca de defesa: |
Mendonça, Júlia Escalda,
Ribeiro, Maria Izabel Souza,
Oliveira, Elaine Cristina de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26674
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Resumo: |
A fonoaudiologia educacional é uma área de atuação que propõe o diálogo entre a saúde e a educação. A relação teórica estabelecida entre esses dois campos pode (ou não) promover mudanças no modo como o profissional atua no campo educacional. Nesse sentido, este estudo, à luz da perspectiva histórico-crítica, tem como objetivo conhecer e analisar as bases epistemológicas e teóricas que fundamentam as práticas desenvolvidas pelos fonoaudiólogos na rede pública e privada de ensino da Educação Básica. Neste trabalho, discutimos, a partir de relatos dos profissionais que atuam no campo educacional, as concepções do profissional sobre a relação entre linguagem e educação, as principais práticas desenvolvidas pelo profissional no campo educacional, a percepção do profissional fonoaudiólogo sobre o fracasso escolar e as dificuldades no processo de escolarização. O percurso metodológico caracteriza-se por estudo de natureza qualitativa, a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais fonoaudiólogos que atuam (ou atuaram) na rede pública/privada de ensino de Salvador-BA e cidades do interior da Bahia. Com este estudo foi possível observar que a maioria das propostas de atuação faz laço com o discurso organicista, com forte apelo aos procedimentos da clínica médica, e passa ao largo de teorizações sobre educação e linguagem. As práticas realizadas pelo profissional no campo educacional, se aproximam do olhar medicalizante e patologizante, individualizando os problemas educacionais, responsabilizando pelo fracasso escolar, via de regra, o aluno, o professor ou a família. Quanto à percepção sobre o processo de escolarização, não identificamos uma problematização sobre a questão. Prevalece no discurso dos entrevistados uma forte preocupação em analisar as dificuldades no processo de escolarização como problemas de aprendizagem, e não houve referências ao processo de escolarização enquanto complexo fenômeno que envolve dimensões do campo histórico, social, institucional e político. Esperamos que esse estudo possa encaminhar reflexões no campo da fonoaudiologia educacional e possa repercutir em práticas que estejam em consonância com o processo de escolarização das crianças e adolescentes. |