Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Deegan, Kathleen Ramos |
Orientador(a): |
Portella, Ricardo Wagner Dias |
Banca de defesa: |
Hanna, Samira Abdallah,
Bruna, Aparecida Souza Machado |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências e Saúde
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29719
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Resumo: |
A própolis é um produto apícola produzido a partir da coleta de resinas de brotos, exsudatos e outros tecidos de plantas, com adição de secreções salivares das abelhas e cera, apresentando diversificada composição química e reconhecidas funções terapêuticas e profiláticas. A própolis brasileira é atualmente classificada em 13 tipos de acordo com suas propriedades físico-químicas, origem geográfica e origem botânica, a última determinando as colorações verde, vermelha, marrom ou amarela. A técnica mais popular para a produção de extratos de própolis é a extração etanólica por maceração, mas apesar de ser um método simples e eficaz, tem desvantagens, tais como forte sabor residual e limitações de aplicação terapêutica. A extração com fluido supercrítico é um método alternativo com alto poder de seletividade, além resultar em menos resíduos poluentes. O tratamento das micoses apresenta diversos problemas, principalmente em casos crônicos, tais como efeitos colaterais, alto custo, tempo prolongado de tratamento e seleção de cepas resistentes. Malassezia pachydermatis é a levedura mais isolada em casos de otite e dermatite caninas, e o número de relatos de isolados do fungo exibindo resistência primária in vitro a drogas de uso clínico é cada vez maior. Dentro desse contexto, o presente trabalho visa avaliar o perfil de susceptibilidade in vitro de isolados clínicos de M. pachydermatis frente a extratos supercríticos e etanólicos de três tipos de própolis brasileiras (verde, vermelha e marrom) e frente a antifúngicos alopáticos comerciais. Para avaliar o perfil de susceptibilidade das leveduras utilizou-se as metodologias de difusão em ágar e microdiluição em caldo. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) variaram entre 8 e > 64 µg/mL para o fluconazol, entre 0,032 e 4 µg/mL para o cetoconazol, entre 0,125 e >16 µg/mL para o itraconazol, e entre 1 e 2 µg/mL para a anfotericina B. Todos os extratos de própolis apresentaram atividade antifúngica frente a todos os isolados de M. pachydermatis testados. O extrato etanólico de própolis marrom apresentou CIM ≥16 µg/mL, o etanólico verde e o etanólico vermelho e o supercrítico vermelho mostraram valores de CIM que variaram entre 4 e 8 µg/mL. Os extratos de própolis testados apresentam atividade antifúngica contra isolados de M. pachydermatis sensíveis e resistentes a antifúngicos alopáticos comerciais, e o presente estudo abre caminho para pesquisas que elucidem os principais compostos presentes nas própolis com atividade antifúngica e seus mecanismos de ação |