Avaliação de substâncias com ação antifúngica, isoladas e em associação com fármacos antifúngicos, frente a Malassezia pachydermatis in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Merkel, Simone
Orientador(a): Zanette, Regis Adriel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/283271
Resumo: Malassezia pachydermatis é um fungo leveduriforme comumente encontrado na microbiota de cães saudáveis, principalmente no canal auditivo. Fatores diversos podem desencadear a patogenicidade desse microrganismo, provocando otite externa, dermatite e até mesmo doença sistêmica em animais e humanos. Azóis é a classe mais utilizada para o tratamento e a prevenção da malasseziose. Fungos resistentes aos antimicrobianos têm tornado ainda mais crítico o controle desses microrganismos, pois a incapacidade de responder à terapia antifúngica é complexa e está relacionada com fatores associados aos mesmos e ao hospedeiro. Esse cenário também decorre do número limitado de classes de fármacos antifúngicos e alvos de ação desses. Neste trabalho foi avaliada a atividade antifúngica in vitro e in vivo de azóis e da alilamina terbinafina (TRB), sozinhos e em associação com derivados da 8-hidroxiquinolina (8-HQs) – clioquinol (CQL) e as moléculas 8-hidroxiquinolina-5-(n-4-clorofenil) sulfonamida (PH151) e 8-hidroxiquinolina-5-(n-4-metoxifenil) sulfonamida (PH153), – frente a 16 isolados de M. pachydermatis. Os testes in vitro de microdiluição em caldo demonstraram que o cetoconazol (KTZ) foi o fármaco mais ativo, seguido pela TRB e pelo CQL. As associações itraconazol (ITZ)+CQL e ITZ+PH151 foram as que resultaram nas maiores porcentagens de sinergismo, e nenhuma combinação resultou em antagonismo. Em geral, o ensaio de tempo de morte demonstrou que todos os compostos antifúngicos apresentaram efeito fungicida frente a M. pachydermatis, com diminuição no tempo de morte de acordo com o aumento da concentração do fármaco. Nas avaliações in vivo, utilizando moscas Drosophila melanogaster Toll-deficientes, a TRB foi o fármaco com as maiores taxas de sobrevivência após sete dias de tratamento, seguido pelo CQL e pelo KTZ. A avaliação da carga fúngica nas moscas mortas ao final do experimentou demonstrou maior efeito fungicida dos azóis em relação aos demais fármacos. A associação de azóis ou TRB com 8-HQs não resultou em diferenças significativas em relação aos fármacos sozinhos. Com base nos resultados, conclui-se que as 8-HQs, especialmente o CQL, são potencialmente interessantes para o tratamento das infecções causadas por M. pachydermatis.