Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Ranna Danielle Doria de
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Orientador(a): |
Camargo, Climene Laura de
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Banca de defesa: |
Santos, Ailton da Silva
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Martins, Ridalva Dias Félix
,
Whitaker, Maria Carolina Ortiz
,
Camargo, Climene Laura de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37373
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Resumo: |
Introdução: A transgeneridade é um termo guarda-chuva que engloba as inúmeras possibilidades de identificar-se com um gênero diferente do atribuído ao nascimento. Pessoas transgêneras são alvo de marginalização e estigmatização, enfrentando diversas situações vexatórias, a vivência desta transfobia se dá nos diversos ambientes, seja entre familiares ou no ambiente escolar. Entretanto, existem elementos internos e externos aos indivíduos que servem como ferramentas de auto-defesa, proteção, ou mesmo enfrentamento das diversas situações denominadas coping ou “estratégias de coping”. Objetivo: Analisar as estratégias de coping utilizadas por pessoas transgêneras na infância frente à vivência de violência. Metodologia: estudo qualitativo que utilizou o método da história oral por meio de entrevistas individuais sob suporte do referencial teórico-filosófico de Folkman; Lazarus. A coleta de dados foi realizada em um serviço ambulatorial público entre março e junho de 2022, com 21 pessoas transgêneras autodeclaradas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer n° 5.242.557. As entrevistas foram submetidas a técnica de análise de conteúdo temática de Bardin. Resultados: emergiram duas categorias: 1) Vivências de violência na infância de pessoas transgêneras: pessoas trans sofreram na infância violências como: violência psicológica, sexual, Bullying (motivado por violência gênero, racial e gordofobia), violência física e negligência; e 2) Estratégias de coping utilizadas na infância por pessoas trans: suporte social, fuga-esquiva, afastamento, confronto, autocontrole e resolução de problemas. Considerações finais: este estudo elenca que, pessoas trans vivenciaram na infância situações estressoras e para enfrentar estas situações recorreram às estratégias de coping. A pesquisa poderá contribuir para subsidiar políticas de cuidados a crianças, podendo servir futuramente como guia no treinamento/preparo da equipe multiprofissional. Além disso, os resultados deste estudo, serão publicados no intuito de contribuir com o conhecimento técnico/científico de todos que dele necessitem, preservando a veracidade das informações e sem que haja manipulação, omissão ou distorção de dados por parte da autora. Além disso, o estudo contribuirá para a desconstrução de estigmas sociais e combate aos preconceitos e demais tipos de violência. |