Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Leonara Maria Souza da |
Orientador(a): |
Silva, Luís Augusto Vasconcelos da |
Banca de defesa: |
Iriart, Jorge Albert Bernstein,
Maksud, Ivia Maria Jardim |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26334
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Resumo: |
Mulheres jovens, de modo geral, vivenciam situações de vulnerabilidade influenciadas, entre outros aspectos, pelo gênero, que produz e estabelece o sexo e as diferenças entre feminilidade e masculinidade. A soropositividade para o HIV tem implicações na vida de mulheres, repercutindo em seus relacionamentos. Com a longevidade alcançada devido aos avanços no tratamento, e, também, pelo surgimento das tecnologias digitais, a internet tem sido um importante espaço de biossociabilidade para elas. Assim, este trabalho tem o objetivo de descrever como as mulheres jovens vivendo com HIV/aids, que fazem uso de redes sociais online, vivem suas relações afetivo-sexuais (soroconcordantes e/ou sorodiscordantes). Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, realizado através de uma etnografia online. A dissertação teve participação de 08 mulheres jovens vivendo com HIV/aids, com diferentes orientações sexuais e idade entre 18 e 30 anos. A análise das narrativas foi pautada pela perspectiva construcionista, com foco nas práticas discursivas e produção de sentidos em torno do HIV/aids, dando destaque aos aspectos das relações afetivo-sexuais e repercussões dos novos discursos biomédicos para esses relacionamentos Após a infecção, a vida da maioria das jovens soropositivas muda radicalmente. Ao descobrirem o diagnóstico, vivenciam diversos medos. Em seu dia a dia, lidam com a rejeição dos parceiros e algumas enfrentam o dilema para contar ou não sobre sua sorologia. Após a infecção, há mudanças nas práticas sexuais, o que requer, por diversos momentos, negociação entre o prazer e a prevenção. Passam a viver com grande responsabilidade em se cuidar, pois atribuem a si mesmas o sentido de “risco” para o parceiro. Além disso, sentem medo de transmitir o vírus e adotam o discurso da carga viral indetectável como forma de prevenção. Jovens soropositivas heterossexuais vivenciam o desejo de envolvimentos com homens heterossexuais soropositivos, na tentativa de evitar dilemas, medos e aflições presentes nos envolvimentos sorodiscordantes/sorodiferentes. Para as interlocutoras, os espaços online que frequentam as ajudam na obtenção de informações sobre o tratamento, no acolhimento e, em menor grau, para o engajamento em relações afetivo-sexuais. Portanto, é necessário que esferas governamentais compreendam as especificidades do “ser mulher” nas campanhas para a prevenção e tratamento em HIV/aids. Além disso, é importante atentarem para a influência das relações de gênero na epidemia, que, mesmo marcada por avanços da terapia e novas tecnologias de prevenção, persistem ainda o preconceito e a discriminação. |