Produções musicais de mulheres: músicas para regar afetos e potências

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Almeida, Raíssa Santos Caldas
• Orientador(a): Bandeira, Messias Guimarães
• Banca de defesa: Bandeira, Messias Guimarães, Nogueira, Isabel Porto, Matos, Edilene Dias
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
• Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura)
• Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Música; Gênero; Mulheres; Nova música baiana
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::OUTROS::ESTUDOS SOCIAIS; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::FUNDAMENTOS E CRITICA DAS ARTES::CRITICA DA ARTE
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40296

Esta dissertação apresenta uma discussão sobre a presença e a participação de mulheres na cadeia de produção musical, destacando três artistas da música independente baiana e a relevância de cada uma delas e de suas produções para o cenário da música local e nacional. Para isso, as trajetórias das cantautoras escolhidas, Josyara, Livia Nery e Luedji Luna, foram adotadas como referências para compreender as relações que têm sido estabelecidas entre gênero e música num cenário de produção independente. Foram observados o início da relação de ambas com a música, a formação de suas carreiras — considerando a conjuntura das políticas culturais vivenciada pelas três —, bem como os discos lançados por cada uma, que lhes conferiram destaque nos cenários baiano e nacional. A pesquisa tornou evidente que a maior presença feminina na música tem levado ao enfraquecimento das relações de poder que são estabelecidas contra as mulheres, e de como a ampliação dessa presença tem sido crucial tanto para resgatar quanto para impulsionar narrativas invisibilizadas. A discussão feita neste trabalho foi orientada por uma perspectiva feminista sobre a música, compreendendo-a enquanto uma prática social que é localizada e corporificada. A noção de artista independente acionada aqui compreende aquelas e aqueles que desenvolvem as etapas da cadeia produtiva da música de forma autônoma em relação aos conglomerados da indústria fonográfica que, historicamente, mantêm controle sobre a produção e distribuição musical em escala mundial.