A música baiana e o mercado: a gestão da obra como estratégia de negócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Castro, Armando Alexandre
Orientador(a): Reis, José Marcelo Dantas
Banca de defesa: Moura, Milton Araújo, Maia, Guilherme, Davel, Eduardo Paes Barreto, Lucena, Severino
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16196
Resumo: Esta investigação trata da música popular massiva baiana e suas inúmeras articulações na indústria contemporânea do entretenimento, procurando apresentar a gestão da obra como elemento relevante e estratégico no mercado musical. A dinâmica, representativa e reconhecida música baiana atual se constitui como elemento sociocultural relevante junto ao desenvolvimento econômico do Estado, e, com sua rápida associação às diversas indústrias (cultural, turística, etc.), muitos setores da cadeia produtiva musical foram estimulados, criados e aperfeiçoados mediante necessidade e demanda crescente. Em Salvador, por exemplo, nas últimas décadas, surgiram inúmeras empresas produtoras de artistas e eventos, empreendedores culturais, estúdios, compositores e editoras musicais. A partir da profissionalização e crescente apropriação mercantil do modelo carnavalesco soteropolitano por atores e artistas locais, um dos desdobramentos mais evidentes destes fenômenos é o fortalecimento de uma música baiana de entretenimento, massiva, sobretudo elétrica na disposição do seu instrumental, resistente às mais rigorosas críticas e discursos quanto ao seu fim, não raro, preconceituosos e resultantes de considerável desconhecimento acerca de suas inúmeras articulações organizacionais e mercadológicas. Um dos elementos resultantes do trabalho empírico desta tese é o mapeamento do novo e crescente campo da gestão da obra musical na Bahia, fato que insere o estado e seus gestores culturais, de forma representativa, no relevante debate e mercado da propriedade intelectual e direito autoral contemporâneos. O institucionalismo e o empreendedorismo institucional são as correntes teóricas principais desta tese, pois se contrapõem ao modelo de interpretação funcionalista e positivista das organizações, centrado nas disposições técnicas das dinâmicas gerenciais, produtivas e exclusivamente utilitaristas. Compreendendo as inúmeras transformações no campo da produção musical soteropolitana nas últimas três décadas, o empreendedorismo institucional, nesta tese, se justifica por seus aspectos conceituais e relacionais que procuram investigar e compreender os modos pelos quais os indivíduos e/ou organizações desenvolvem novas normas e regras institucionais, reconfigurando comportamentos e/ou estruturas vigentes.