A ciência organizacional pós-setenta a luz das vertentes institucionalistas da sociologia e da economia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Queiroz, Napoleão dos Santos
Orientador(a): Souza, Elizabeth Regina Loiola da Cruz
Banca de defesa: Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt, Fischer, Tânia Maria Diederichs, Mattos, Pedro Lincoln, Zylbersztajn, Décio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração - NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24626
Resumo: Esta tese objetivou analisar as vertentes sociológicas de pensamento, denominadas Socioeconomias Francesas e Sociologia Neo-institucionalista, e o corpo conceitual da Nova Economia Institucional – NEI, identificando suas convergências e divergências, para contribuir para o desenvolvimento e a consolidação da Ciência Organizacional. A tentativa de buscar aproximações entre a Nova Economia Institucionalista, a Sociologia Neoinstitucionalista e as Socioeconomias Francesas, que se integram no paradigma evolucionário, foi estimulada, inicialmente, pela constatação de que vários autores vinculados a essas diferentes vertentes de pensamento guiavam pesquisas e desenvolviam teorias em busca de respostas a questões muito semelhantes. Sua questão de pesquisa foi: As vertentes institucionalistas da Sociologia e da Economia contribuem para o desenvolvimento e a consolidação da Ciência Organizacional, situando-a no eixo epistemológico/metodológico de construção, de desconstrução ou de reconstrução? Guiando a busca por evidências, conteúdos e argumentos que nos permitissem encontrar respostas para a questão de pesquisa antes registrada, as suposições levantadas foram: a) Há nas Ciências Sociais, notadamente na Nova Economia Institucional, na Sociologia Neo-institucionalista e nas Socioeconomias Francesas, movimentos em busca de convergência de idéias tendo como foco a organização, que, amparados na interdisciplinaridade e hibridações, tendem a levar ao desenvolvimento e à consolidação da Ciência Organizacional; b) O desenvolvimento dessas abordagens interdisciplinares no campo das Ciências Sociais, em geral, e do conhecimento organizacional, em particular, sugere a constituição de um novo tipo de epistemologia, a interregional, além dos tipos já consagrados e difundidos na literatura – a geral e a regional; c) As abordagens mencionadas na letra a situam-se no eixo epistemológico/metodológico de reconstrução e no âmbito da Ciência Evolucionária; d) As diferentes categorias básicas de análise das vertentes institucionalistas da Sociologia e da Economia enfocadas nesta tese são complementares e podem representar hierarquias em evolução, assim como são conciliáveis outros princípios metodológicos. De natureza teórica, a tese foi desenvolvida com base em revisão de literatura e análise de conteúdos para a construção de seu modelo de análise. Verificamos, analisando a produção de autores filiados a vertentes institucionalistas da economia e da sociologia com base no modelo de análise proposto, tentativas consistentes e com rigor metodológico de transpor dicotomias teórico-metodológicas clássicas e de desenvolver estudos tendo como referência a interdisciplinaridade, a hibridação e a transespecificidade. Essas tentativas mostraram-se consistentes, validando os pressupostos antes mencionados. Dessa forma, podemos concluir que há efetivamente um movimento de desenvolvimento e de consolidação da Ciência Organizacional, situado no eixo epistemológico/metodológico reconstrucionista, tendo como foco vertentes institucionalistas da economia e da sociologia.