Distribuição e atributos dos solos em relação à forma e evolução de uma vertente em Monte Alto, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Marques Junior, Jose
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-172300/
Resumo: Com o objetivo de compreender o comportamento dos atributos do solo e o seu padrão de distribuição na paisagem, estudou-se as relações entre a evolução de uma vertente e suas influências em propriedades básicas do solo, em uma área de domínio dos arenitos do Grupo Bauru em Monte Alto, SP. Escolheu-se uma área de 612 ha, onde o topo representa a cota regional mais elevada (763 m de altitude). Uma transeção de 2.700 m de extensão foi locada, seguindo aproximadamente o espigão de uma vertente no sentido das cotas mais baixas (600 m de altitude). Amostragens foram feitas com o trado a intervalos regulares de 25 m em duas profundidades (0-20 e 60-80 cm), e outras amostras ao acaso foram coletadas em torno da transeção após terem sido sorteados. Solos foram também descritos e amostrados em sete trincheiras. Mapeou-se as superfícies geomórficas, elementos da vertente, solos e depósitos superficiais. Sedimentos neocenozóicos foram identificados, e sua origem foi relacionada à ocorrência de movimentos neotectônicos. Três superfícies geomórficas em cronossequência (I>II>III) e sete elementos da encosta foram identificados e relacionados com a ocorrência dos solos, através da sua avaliação de propriedades químicas, físicas, mineralógicas e micromorfológicas, usando-se testes de comparação de médias. Assim, latossolos ocorrem na superfície I e início da superfície II, solos podzólicos na maior parte da superfície II, e solos pouco desenvolvidos na superfície III. Através da análise de "cluster" comprovou-se que a compartimentação da vertente e o estudo das relações dos seus elementos, é importante para entender a ocorrência dos solos e seus processos com maior grau de detalhe. A superfície II e III foram compartimentadas em segmentos que possibilitaram visualizar processos como a transição lateral Bw-Bt, através do adensamento dos microagregados latossólicos seguido de ação mecânica do fluxo lateral de água, e posterior argiluviação e degradação de argilas, completando a transformação do Bw para Bt. A indicação dos limites laterais com precisão, através da locação estatística pelo “split moving windows”, enfatiza a eficiência complementar dos estudos envolvendo elementos de vertente para os trabalhos de campo nos mapeamentos de solos. Os, limites laterais entre latossolos e latossolos podzólicos, e entre estes e os podzólicos, foram corroborados pelos testes estatísticos. Estes resultados apresentaram boa correlação com os limites observados através da morfologia dos solos no campo. A ocorrência dos eventos neotectônicos na região conjuntamente com os episódios relacionados com fases de morfogênese em climas semiáridos pretéritos, nortearam o estudo da forma e evolução da vertente, bem corno possibilitaram o entendimento da ocorrência de latossolos e solos podzólicos desenvolvidos dos depósitos neocenozóicos, presentes nas cotas mais elevadas.