A arquitetura das políticas de escrita na escola: portas-onde ou portas-contra?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rabêlo, Keyla Silva
Orientador(a): Arapiraca, Mary de Andrade
Banca de defesa: Mota, Kátia Santos, Silva, Obdália Santana Ferraz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18160
Resumo: Nosso objetivo principal, com o estudo A arquitetura das políticas de escrita na escola: portas-onde ou portas-contra? foi ampliar a discussão sobre políticas de escrita de texto no Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), sobre os reflexos que elas produziram no desenvolvimento dos alunos com relação a essa unidade do ensino de Língua Portuguesa, tendo em vista suas demandas futuras, quer em atividades profissionais, quer em atividades acadêmicas. Esse objetivo se desdobrou na questão da pesquisa relativa às políticas de escrita voltadas para a produção de textos adotadas pelo IFBA, considerando os documentos oficiais (LDB, PCN, PPI do IFBA e Programa de Língua Portuguesa (LP) do Curso Integrado de Informática) nas práticas de ensino realizadas. Na procura de respostas a essa indagação que se configurou a pesquisa em forma de metáfora – portas-contra ou portas-onde? – optamos, através da abordagem qualitativa, pelo método da pesquisa bibliográfica a fim de que pudéssemos compor o estado da arte sobre o objeto de nosso estudo e pela pesquisa exploratória com análises documentais e das produções escritas dos alunos a fim de que pudéssemos chegar aos objetivos já descritos aqui. A partir de tal perspectiva, analisamos os documentos oficiais e as produções escritas dos alunos tomando por base as condições de produção, no que se incluem quem escreve, o que escreve, para quem escreve, quando escreve, como escreve e confrontar práticas de produção escrita de textos analisadas com o que propõem os documentos oficiais, considerando a metáfora orientadora da pesquisa. Na análise de dados, apoiamo-nos em discussões realizadas no âmbito interacionista da linguagem em relação ao tratamento destinado ao texto (BELTRÃO, 2006; BRONCKART, 1999; GERALDI, 1984, 1997, 2010; KOCH, 2006, 2007; KOCH; ELIAS, 2010; ORLANDI, 1996, 2012), estudos sobre Gêneros Textuais (BAKHTIN, 1997; GONÇALVES; BANZARIM, 2013; MARCUSCHI, 2007b, 2011; SCHNEUWLY; DOLZ, 2004), ensino de Língua Portuguesa (ANTUNES, 2003; BRITTO, 1997; GERALDI, 2010; MARTINS, 2001) e retextualização (DELL’ISOLA, 2007; MARCUSCHI, 2007a). Os resultados nos mostram que a escola está vulnerável a ser portas-onde ou portas-contra, dependendo da atualização – repertório teórico/metodológico e da atitude política ali engendrada, já que é espaço responsável em promover situações de prática de produção de texto e de compatível compreensão em torno do objeto, considerando que o mundo continua se organizando pela escrita.