Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves, Daniela
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Orientador(a): |
Misi, Mirella de Medeiros |
Banca de defesa: |
Misi, Mirella de Medeiros,
Nogueira, Isabelle Cordeiro,
Bastos, Dorotea Souza |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação Profissional em Dança (PRODAN)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40485
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Resumo: |
O objeto desta pesquisa é a investigação e criação de um dispositivo para processo de criação artística em Dança, o DMV (direção múltipla virtual), dispositivo digital de composição colaborativa e interativa em Dança processual. Concebido por mim, artista da Dança de Florianópolis/SC, o DMV tem o intuito de desenvolver novas corporeidades e dramaturgias em Dança partindo do corpo e suas subjetividades, em um contexto de pouca aderência do público em geral aos trabalhos de Dança Contemporânea. O funcionamento do DMV ocorre com a colaboração de pessoas dispostas a atuarem no processo criativo, a partir da exposição de minha Dança em forma de videoexperimentos, postados em redes sociais digitais, perguntando, a respeito dos vídeos, a quem quiser responder: o que você vê?; o que você sente?; para onde devo ir? O processo criativo tem ainda o objetivo de ampliar a discussão a respeito do corpo na contemporaneidade, especificamente o corpo de mulher, que é o corpo presente na cena. A interatividade é o ponto-chave do trabalho, já que a obra se realiza no ato em que as pessoas colaboradoras colocam em palavras aquilo que foi visto, configurando o DMV como uma obra-dispositivo: uma obra que se faz no fazer, que se realiza como obra já no processo de feitura, e não apenas quando atinge uma forma que satisfaça o formato de obra acabada. O DMV é, portanto, uma proposta de arte relacional (Bourriaud, 2009), que dialoga com o conceito de obra aberta, de Umberto Eco (1968) e com a lógica de forma formante e forma formada, de Luigi Pareyson (1997). Trata-se de uma pesquisa guiada-pela-prática (Haseman, 2015) e autobiográfica, em que a performance solo é possibilidade de produção de um corpo político, relacional, atravessado pela memória pessoal, quando é também memória coletiva. O trabalho apresenta reflexões acerca dos comentários das colaboradoras sobre os seis videoexperimentos produzidos ao longo desta fase da pesquisa e das diversas questões que atravessam o percurso criativo. |