Autoenxerto pediculado de túnica vaginal em cães com hérnia perineal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Vanessa Moraes da lattes
Orientador(a): Costa Neto, João Moreira da
Banca de defesa: Costa Neto, João Moreira da, Gomes Junior, Deusdete Conceição, Muramoto, Caterina, Quessada, Ana Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41162
Resumo: A túnica vaginal conserva propriedades essenciais para enxertia, o que já motivou seu uso em cirurgias reparadoras de diversos tecidos, inclusive para reparação do diafragma pélvico em cães sob a forma de enxerto livre ou pediculado. Este último tipo, foi relatado com sucesso em um cão portador de hérnia perineal unilateral. Diante disso, objetivou-se descrever a técnica cirúrgica e validar as manobras transoperatórias necessárias para a transposição tecidual. Objetivou-se, ainda, avaliar a aplicabilidade da túnica vaginal como enxerto pediculado na reparação do diafragma pélvico em dezessete cães portadores de hérnia perineal. A técnica fundamentou-se na preservação da túnica vaginal após orquiectomia pré-escrotal aberta e sua inversão pelo anel inguinal. Posteriormente, a túnica foi transposta para a região perineal, onde foi fixada aos músculos do diafragma pélvico de defeitos uni ou bilaterais. Considerando a bilateralidade dos 17 diafragmas pélvicos, vinte antímeros foram reparados e os pacientes avaliados periodicamente por 180 dias. A partir dos resultados desse estudo, considera-se que a técnica cirúrgica empregada se mostrou exequível, de fácil execução, com tempo cirúrgico aceitável. Ressalta-se que a orquiectomia já faz parte do protocolo cirúrgico, além de não apresentar custo adicional relacionado à aquisição de material de enxertia e menores riscos de rejeição. As manobras necessárias para transposição da enxertia pediculada e suas implicações não alteraram a anatomofisiologia da região e favoreceram a manutenção da vasculatura do enxerto, potencializando o processo de cicatrização. A herniorrafia com emprego da túnica vaginal autóloga pediculada pode ser considerada como uma opção de reconstrução do diafragma pélvico em cães de forma uni ou bilateral.