Resumo: |
Recentemente, pesquisadores têm descrito resultados promissores oriundos da Biomembrana de Látex Natural (BML). Estudos vêm sendo desenvolvidos para comprovar as características indutoras de neovascularização e regeneração tecidual que foram atribuídas a esse material. Entretanto, a biocompatibilidade tem sido considerada um dos mais importantes itens para validar um biomaterial para sua aplicação em humanos. A proposta deste estudo foi investigar qualitativa e quantitativamente os efeitos deste biopolímero, confeccionado à partir da extração de látex vegetal oriundos da árvore da borracha, Hevea brasiliensis, em pele de ratos escaldados. Foram usados 22 ratos, Wistar machos, com pesos entre 200 e 300g, divididos em três grupos: Controle negativo - normais (GI), Controle positivo - queimados (GII) e Tratados com a BML (GIII). A lesão térmica foi realizada por escaldamento (LTE), padronizada pelo peso corpóreo e usando água quente (85ºC for 10 segundos), e a ortoeutanásia dos animais ocorreu nos períodos de 4 e 14 dias pós-lesão. Os animais foram mantidos sob as mesmas condições de alojamento, alimentação, temperatura, umidade e luz. O grupo GIII apresentou melhor cicatrização comparado àqueles do grupo GII. Observou-se que as fibras colágenas e elásticas apresentaram-se em uma rede melhor organizada no grupo GIII e observou-se, ainda, que o número de vasos também foi maior neste grupo. Como vistos em estudos anteriores, a BML favoreceu a cicatrização em áreas queimadas e a neoangiogênese, sugerindo que este biomaterial é um promissor recurso terapêutico para a cicatrização da pele, particularmente nos casos em que a revascularização tecidual seja importante. |
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