Fatores associados a sintomas depressivos em profissionais de saúde da atenção básica: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nardes, Bárbara Oliveira lattes
Orientador(a): Merces, Magno Conceição das lattes
Banca de defesa: Merces, Magno Conceição das lattes, D'Oliveira Júnior, Argemiro lattes, Coelho, Julita Maria Freitas lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38861
Resumo: Introdução: A depressão é uma patologia que acomete boa parte dos profissionais da área da saúde, onde a prevalência dos sintomas depressivos tem sido maior nesta categoria. O referido ambiente de trabalho parece determinar um local de permanente estresse e adoecimento. Objetivo: Rastrear a presença de sintomas depressivos em profissionais de saúde da Atenção Básica. Materiais e métodos: Estudo populacional transversal, exploratório, em 14 Unidades de Saúde da Família no Estado da Bahia, Brasil. Participaram do estudo 162 profissionais de saúde da Atenção Básica onde se empregou o questionário PHQ-9 para rastrear os fatores associados a sintomas depressivos. A análise dos dados incluiu estatística descritiva caracterizando a amostra e estimando a prevalência do desfecho em frequências absolutas e relativas. Na análise bivariada verificou-se a associação entre o desfecho e as variáveis independentes, com base nas Razões de Prevalência (RP), intervalos de confiança (IC) 95% e valores de p pelo teste qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher. Conduziu-se a regressão logística de Poisson exploratória utilizando o método backward cujo parâmetro adotado no modelo foi valores p≤0,25. O modelo multivariado final incluiu as variáveis associadas aos sintomas depressivos que apresentaram valor p≤0,05. Resultados: A prevalência de sintomas depressivos foi de 34,0%, sendo observada maior ocorrência entre mulheres, com auto avaliação de qualidade de vida ruim, auto percepção de saúde ruim e que não praticavam atividades físicas, nem de lazer, assim como entre os profissionais que referiram um ambiente de trabalho ruidoso, com temperatura 14 inadequada, que sofreram algum tipo de violência no trabalho e sentem insegurança pessoal no trabalho. No modelo de regressão logística multivariada os sintomas depressivos permaneceram positivamente associados às variáveis de autopercepção de saúde e qualidade de vida e às de natureza laboral (violência no trabalho e ambiente de trabalho ruidoso). Conclusão: Os achados apontam a existência de sintomas depressivos em profissionais da Atenção Básica de Saúde.