As experiências/aprendizagens com/sobre as crianças no cotidiano escolar: a infância e as relações de gênero narradas por uma hermeneuta.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Miranda, Amanaiara Conceição de Santana Miranda
Orientador(a): Messeder, Suely Aldir
Banca de defesa: Vitorino, César Costa, Galeffi, Dante Augusto, Souza, Leliana Santos de, Melo, Marcos Ribeiro de, Dantas, Maria da Conceição Carvalho, Messeder, Suely Aldir
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28507
Resumo: A presente tese está relacionada ao estudo de Educação Infantil e às relações de gênero, em consonância com as Epistemologias Feministas. Reflete-se sobre as relações estabelecidas no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), na cidade do Salvador, onde observam-se cotidianamente as experiências das crianças sobre relações de gênero. Este estudo tem como objetivo geral cartografar as expressões/significados de ser homem e de ser mulher, atribuídos pelas próprias crianças (03 a 05/06 anos de idade), no espaço escolar/CMEI. Consiste num trabalho artesanal, no sentido de que foi realizado com atividades manuais, mentais e emocionais da pesquisadora. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, com inspiração fenomenológica e na etnocartografia, tendo como principais instrumentos para a coleta de dados: a observação participante, pela qual os dados foram registrados em caderno de campo, e registro fotográfico. Faz-se um paralelo na forma de constituição dos Estudos das Crianças com os Estudos Feministas, enfatizando-se que os conceitos de gênero e sexo são relevantes para tratar de moralidades em sociedades nas quais ocorre a desigualdade social entre homens e mulheres. Destaca-se que a aprendizagem humana é solidificada a partir da formação social em contato com o outro, ratificando que a cognição é um processo criador, concebendo que a cognição inventiva apresenta a política do aprendiz quando a aprendizagem é tratada do ponto de vista da invenção. Descreve-se acerca do conceito de hermeneuta e justifica-se a assunção da pesquisadora enquanto hermeneuta de crianças. Mostram-se algumas cenas cartografadas a partir de um diálogo/interlocução da experiência da pesquisadora/hermeneuta com as crianças. Os resultados apontam que as crianças pautam sobre gênero, e ainda quando são interpeladas em relação a esse tema – pelo discurso da família, da mídia ou até mesmo da escola – elas resistem ao disciplinamento dos seus corpos, visto que nas suas experiências priorizam aquilo que atendem aos seus desejos. Do mesmo modo, as crianças também aceitam as ambiguidades nos corpos, diferentemente dos adultos, que buscam a binaridade.