Da Baía à Orla. Trajetórias habitacionais em preto e branco: cidade, casa e família numa análise etnográfica da mobilidade residencial de duas redes em Salvador-BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Reis, Sarah Nascimento dos lattes
Orientador(a): Uriarte, Urpi Montoya lattes
Banca de defesa: Magnani, José Guilherme Cantor, Silva, Julie Sarah Lourau Alves da, Arantes, Rafael de Aguiar, Müller, Cíntia Beatriz, Uriarte, Urpi Montoya
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34761
Resumo: A partir da análise da trajetória residencial de uma rede familiar e de uma rede de amigos, na qual a primeira é majoritariamente negra e a segunda é majoritariamente branca, tomando como referência suas escolhas habitacionais enquanto residentes na cidade do Salvador, vamos compreender os fluxos, os sentidos da mobilidade residencial, da construção da diferenciação espacial, bem como da busca por dignidade e status ao longo do tempo e na contemporaneidade. A produção e consolidação de três grandes áreas de status distintos entre si: a aporotopia, lugar da subalternidade, dos negros e pobres, identificados pela autoconstrução; a protopia, lugar da melhoria relativa, intermediária e a arquitopia lugar da parcela dominante, majoritariamente rica e branca identificados pela presença massiva de investimentos e urbanização formal, orientam a busca por moradia destas famílias enquanto constroem seu status pessoal e coletivo sem deixar de nutrir suas redes de relações consanguíneas e vicinais fazendo e refazendo laços imersos em circuitos de redes de casas vizinhas e familiares em seus novos e antigos bairros da cidade. Esta tese demonstra como aspectos da dimensão de escala global, tais como políticas públicas, imaginário urbano e segregação social se articulam a interesses e necessidades de escala humana tendo como elemento mediador a materialidade urbana cujo viabilizador é a aquisição da casa própria.