Festa de verão em Salvador: um estudo antropológico a partir do acervo documental do jornal A Tarde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ramos, Cleidiana Patricia Costa
Orientador(a): Tavares, Fátima Regina Gomes
Banca de defesa: Bassi, Francesca, Perez, Léa Freitas, Seixas, Lia da Fonseca, Pereira, Claudio Luiz
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28470
Resumo: Esta tese apresenta uma análise sobre as festas de verão que ocorrem em Salvador na perspectiva de que estes eventos superam a efemeridade característica dos fatos. Nesta abordagem as comemorações, também chamadas “de largo”, inserem-se na complexidade da identificação de Salvador como uma cidade festiva. Trata-se da festa deslocando-se da esfera do fato para questão no âmbito proposto pela moderna antropologia que se ocupa do campo festivo. O interesse desta pesquisa, portanto, são as dinâmicas próprias de 13 festas de verão (São Nicodemus, Santa Bárbara, Nossa Senhora da Conceição, Santa Luzia, Bom Jesus dos Navegantes, Reis, Bonfim, Ribeira, São Lázaro, Pituba, Rio Vermelho, Itapuã e Lavagem de Ondina, que foi extinta). Essas comemorações absorvem e perdem elementos, desfrutam de invisibilidade ou visibilidade maior ou menor em segmentos importantes de representação, como são os canais de mídia. Para estabelecer, portanto, uma análise em campo tão polissêmico como é o das festas, recorri à coleção de reportagens e imagens pertencentes ao Centro de Documentação do Jornal A Tarde (Cedoc). O periódico fundado em 1912 é o mais antigo dentre os títulos de imprensa em circulação na cidade. O levantamento no acervo resultou em um conjunto de dados formado por 6.992 reportagens, veiculadas no período de 1912 a 2016, e 2.670 imagens. São essas informações que fundamentam a análise das continuidades e descontinuidades no ambiente festivo; as nuances do discurso que apresenta Salvador como a “capital da alegria” e “cidade da festa” e o jornalismo identificado como um lugar de memória. Os resultados desta pesquisa possibilitaram o desenvolvimento de um site experimental denominado Espelho de Festa e a apresentação detalhada das dinâmicas presentes nos eventos do ciclo.