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A rede CAMMPI. Cidadania e política do espaço na Península de Itapagipe: uma etnografia do fazer cidade em Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Volpini, Lorena
Orientador(a): Serra, Ordep José Trindade
Banca de defesa: Eckert, Cornélia, McCallum, Cecilia, Lima, Adriana Nogueira Vieira, Uriarte, Urpi Montoya
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28829
Resumo: O trabalho propõe uma etnografia de uma rede de associações de bairro na Península de Itapagipe, em Salvador. Protagonista de um engajamento na política do espaço dos bairros onde se implantam suas organizações, a rede CAMMPI é abordada para discutir etnograficamente interações entre o movimento social e o Estado, a partir de disputas geradas por intervenções do setor público no espaço urbano. Na abordagem adotada, busco superar visões dicotômicas que contrapõem movimentos sociais e Estado, contestação e institucionalização, para destacar dilemas, tensões e ambiguidades enfrentados por atores envolvidos em interações complexas com instituições estatais. A pesquisa valeu-se de extenso trabalho de campo junto a lideranças de bairro, educadores populares e moradores, acompanhando as rotinas da rede CAMMPI e de seus membros, participando de eventos públicos e de negociações do movimento social com órgãos do Estado. Buscando entender como grupos populares se engajam em disputas espaciais com o Estado e quais os efeitos desta relação de interlocução/parceria, a etnografia revelou que: a) as lutas por moradia que geraram grande parte do solo da península de Itapagipe, desencadearam uma proliferação de relações institucionais através das quais “invasores” foram tornados “cidadãos”. A partir de disputas por um espaço específico, sob a rubrica de reivindicações por cidadania, se constituíram emaranhados institucionais em que estão envolvidos órgãos do Estado, associações de bairro, agências internacionais, igrejas, partidos. b) A alegação de cidadania entra em jogo não só como uma reivindicação por “inclusão”, mas também no movimento inverso, isto é, na busca das instituições de manter-se fincadas no cotidiano do espaço vivido. c) Ambos os movimentos referidos têm consequências na produção do espaço urbano. Eles caracterizam os processos políticos analisados. Envolvem a conformação de emaranhados institucionais a partir de conflitos espaciais, os esforços de manutenção da ancoragem espacial das organizações existentes e a criação de novas entidades de bairro.