Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Antonia de Jesus Alves dos
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Orientador(a): |
Batista, Adriana Santos
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Banca de defesa: |
Coelho, Juliana Soledade Barbosa,
Silva, Luiz Felipe Andrade,
Batista, Adriana Santos,
Machado, Isadora Lima,
Puh, Milan |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35996
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Resumo: |
Esta dissertação, embasada nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso, teve como objetivo discutir os processos de apagamento, reelaboração ou manutenção de posições-sujeito em discursos sobre “intervenção militar” no Brasil, a partir de textos jornalísticos da Folha de São Paulo e do portal de notícias G1. No percurso, buscou-se analisar a inscrição sócio-histórica de produção e recepção desses discursos, investigar as construções ideológicas que podem ser percebidas, identificar como os sentidos de “intervenção militar” são transformados ou reafirmados no corpus em questão e discutir a relevância da mídia na produção dos sentidos de “intervenção militar” no Brasil no século XXI. Partiu-se da concepção de discurso como construção histórica e social por meio da qual se materializa a ideologia, sendo esta a maneira própria de constituição do indivíduo em sujeito por meio da linguagem. A partir, principalmente, de Pêcheux (1995; 1997a; 2008) e Orlandi (2010; 2012; 2014; 2017), tomaramse aqui os atuais enunciados sobre “intervenção militar” como acontecimento discursivo e, por meio do exame da relação entre sentido e memória discursiva, procurou-se perceber os efeitos de sentido de “intervenção militar” que eles têm produzido. Recorreu-se a Benetti (2010) para referir o jornalismo como acontecimento discursivo. As discussões sobre a conjuntura histórica e política que marcam as condições de produção constitutivas dos discursos analisados fundamentaram-se, sobretudo, em Tatagiba (2018; 2019), Safatle (2010), Singer (2001; 2013), Fico (2014; 2020; 2020a) e Mendonça (2018). O corpus principal foi composto por cinco textos jornalísticos referentes aos anos de 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020. As análises realizadas na abordagem qualitativa demonstraram que, no corpus em questão, os atuais dizeres sobre “intervenção militar” mobilizam tanto discursos que vêm em defesa, quanto discursos de rejeição a tal modelo. Tanto mobilizam sentidos negativos relacionados à ditadura, quanto constroem seu funcionamento pelo silenciamento desses sentidos, atualizando a memória discursiva referente ao imaginário de ordem, salvação e progresso ligados às Forças Armadas. As análises também indicam que a expansão e o fortalecimento de grupos conservadores de direita e extrema direita marcam as condições de produção em que emerge o enunciado discursivo “intervenção militar”, contemporaneamente. |