A disputa discursiva pela narrativa do Golpe Militar de 1964 no Twitter

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Gabriela de Mello
Orientador(a): Recuero, Raquel da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7451
Resumo: Essa pesquisa desenvolveu-se com o objetivo de elucidar como acontecem as disputas discursivas na mídia social, a partir da análise de um conjunto de conversações que construíram narrativas opostas acerca do Golpe Militar de 1964 no Twitter. O discurso é abordado como objeto das disputas para a construção de narrativas na mídia social, enquanto forma de poder, conforme os ensinamentos de Foucault (2014; 2019), Fairclough (2012; 2016), Castells (2009), Bourdieu (2001), Van Djik (2018), Recuero (2012), Herring (2001), Tiburi (2017) e Motta (2013). As características da mídia social, que influenciam nas disputas discursivas são exploradas com base em Recuero (2009), Boyd e Ellison (2007), Boyd (2010), D'Andréa (2017; 2018) e Pariser (2012). A metodologia para análise da disputa discursiva é proposta a partir da visão tridimensional do discurso (FAIRCLOUGH, 2012; 2016), com as seguintes categorias de análise: na camada do texto, estrutura da mensagem, usos da hashtag e multimodalidade; na prática discursiva, posição do sujeito, estratégias discursivas e propriedades da mídia social; e na prática social, narrativas construídas. Os resultados de análise sugerem que as disputas discursivas na mídia social têm sentido ampliado pelas hashtags; são protagonizadas por atores legitimados de formas diversas; são um momento de construção identitária dos sujeitos; são multimodais; têm distribuição complexa; são influenciadas pelos algoritmos; são desiguais; podem construir diálogo; baseiam-se em pressupostos e metadiscursos; subvertem ordens do discurso; são propícias ao espalhamento da desinformação; são influenciadas pela polarização política e constroem múltiplas narrativas.