Arte feminina Surda como política de Surdidade e movimento de resistência
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41455 https://orcid.org/0000-0003-2758-0239 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo catalogar e analisar as produções de duas artistas, Nancy Rourke e Kilma Coutinho, a partir de materiais selecionados das principais redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube), no período pandêmico de 2020 e 2021. Ao articular literatura e arte feminina, inseridas na cultura pelos próprios Surdos, buscou-se apresentar a importância da Arte Surda e como esta pode ser enriquecida pelo diálogo ao se estabelecer entre os estudos culturais Surdos e os estudos da cultura visual, pois as reflexões sobre como a arte pode contribuir para a construção e a divulgação de sua própria identidade são evidenciadas pela ampla apropriação cultural pelos Surdos. Para embasar teoricamente o estudo, recorreu-se a pesquisadores como Skliar (2011; 2013); Sonnenstrahl (2002); Ladd (2003); Durr (2006); Karnopp (2010); Mourão (2016) e Sutton-Spence (2021), referentes às artes visuais Surdas, à cultura e às identidades Surdas, bem como aos movimentos artísticos organizados por Surdos nos Estados Unidos e no Brasil. A metodologia utilizada foi a pesquisa netnográfica e a pesquisa bibliográfica, em que foram observadas as obras mais impactantes e que se relacionassem com o feminismo e o sofrimento da mulher surda. Foram encontradas 151 obras das duas artistas Surdas, dentre as quais se escolheram 8 (oito) de Nancy Rourke e 4 (quatro) de Kilma Coutinho. A partir da análise da Arte Surda das autoras, realizadas no contexto da pandemia de Covid-19, no período de 2020 a 2021, e focadas na violência contra o corpo feminino na comunidade dos surdos, observou-se o papel de representação da identidade Surda das mulheres. Conclui-se com uma proposta de criação da Galeria Surdartidade, uma medida relevante e propositiva para a promoção da diversidade cultural e para a construção de uma sociedade com uma acessibilidade linguística mais justa e igualitária. Percebe-se, também, a necessidade de realização de pesquisas futuras que descrevam e compreendam a realidade das expressões artísticas de artistas Surdos brasileiros, localizando sua temática no que se refere à violência contra a mulher surda. |