Do APFB ao ALiB: a fauna na Bahia e em Sergipe, ontem e hoje

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dultra Pereira, Thais lattes
Orientador(a): Mota, Jacyra Andrade lattes
Banca de defesa: Mota, Jacyra Andrade lattes, Ribeiro, Silvana Soares Costa lattes, Santos, Gredson dos lattes, Aguilera, Vanderci de Andrade lattes, Lopes, Norma da Silva lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41150
Resumo: Esta Tese de Doutorado se propôs à análise do léxico da fauna (e/ou de parte dela), sob o viés diatópico, a partir da observação dos dados inéditos do Projeto ALiB, em comparação com o Atlas Prévio dos Falares Baianos - APFB (Rossi, 1963) e o Atlas Linguístico de Sergipe - ALS (Ferreira et al, 1987), com o intuito de investigar as onze localidades coincidentes em dois Estados do Nordeste: nove na Bahia (Barra, Caetité, Carinhanha, Itaberaba, Jacobina, Jeremoabo, Santa Cruz Cabrália, Santana e Vitória da Conquista) e duas em Sergipe (Propriá e Estância), nas diferentes sincronias. O aporte teórico fundamentou-se nos princípios concernentes às pesquisas dialetais, que incluiu a delimitação do corpus e o uso de metodologia apropriada, sendo a Dialetologia Pluridimensional a disciplina que alicerça o estudo e a Geolinguística, o método. Para investigação do tema, surgiram os seguintes questionamentos: (i) se há a possibilidade, a partir do levantamento de dados nas regiões selecionadas, de traçar isoglossas e mapear os aspectos semântico-lexicais da fauna; e (ii) de que maneira os fatores extralinguísticos influenciariam (ou não) as escolhas dos falantes. Sobre as hipóteses, acreditou-se na viabilidade de se traçar isoglossas e reconhecer diferenças e/ou semelhanças lexicais no confronto dos dados encontrados nos documentos, com consequente comprovação da variação linguística na área temática selecionada, para as referidas localidades. Além disso, acreditou-se na comprovação da influência de fatores extralinguísticos refletidos nos aspectos semântico-lexicais e na identificação de lexias em vias de desaparecimento. Quanto aos objetivos, esperou-se: (i) descrever a fauna, a partir do exame das localidades selecionadas, nos dois estados; (ii) identificar peculiaridades semântico-lexicais; (ii) avaliar modificações que se tenham operado no percurso do tempo; (iv) verificar a influência de fatores extralinguísticos e (v) elaborar cartas linguísticas. O presente estudo justificou-se pela necessidade de descrição da realidade do português brasileiro, ao fornecer à comunidade linguística informações com base em dados empíricos. No que se refere à metodologia, interessaram à pesquisa os dados obtidos pelo Questionário Semântico-Lexical (QSL) (Comitê Nacional do Projeto ALiB, 2001), área temática fauna, em correspondência nos atlas e dados do Projeto ALiB levantados, o que resultou na investigação de: seis questões, mais as seis cartas correspondentes à fauna (e/ou de parte dela) nos atlas, nas onze localidades coincidentes nos corpora. A análise de dados estruturou-se em duas perspectivas: (i) semântico-lexical e (ii) geolinguística. Acredita-se que os resultados aqui divulgados venham a contribuir para o conhecimento da língua portuguesa falada no Brasil, mais especificamente dos usos que dela se fazem nas localidades em recorte do Estado da Bahia e de Sergipe.