Memórias, cultura escrita e sentidos da educação de adultos em Moçambique
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10447 |
Resumo: | A investigação objetivou compreender e interpretar, complexamente, práticas cotidianas de leitura e escrita em Moçambique, e os sentidos atribuídos por alguns sujeitos leitores, em perspectiva histórica e sociocultural, no período de 1964-2014. Por meiode narrativas memorialísticas de sujeitos no contexto social e no contexto escolar, pertencentes os últimos ao Programa de Alfabetização Regular, desenvolveu-se metodologicamente, pela abordagem qualitativa da história oral, pautadanas possibilidades de produzir ciência sobre como jovens e adultos em múltiplosespaçostemposse tornam/aram leitores e escritores. No primeiro contexto, a pesquisa envolveu memórias de três sujeitos originários de lutas de libertação nacional e desenvolvimento, quando a alfabetização configurava uma arma de poder para os revolucionários, em Moçambique; no segundo contexto, a investigação foi realizada em três Centros de Alfabetização e Educação de Adultos institucionalizados no país após a Independência. Como questões chave o estudo intencionou saber: como se dá o processo de formação de leitores e escritores em contexto de diversidade cultural e étnico-linguística, quando os sujeitos alfabetizados ou a alfabetização de sujeitos têm o português como segunda língua?;que práticas cotidianas adultos têm empreendido para a apropriação da cultura escrita?;o que constitui a alfabetização para esses sujeitos, em contextos cada vez mais críticos quanto à diversidade étnico-linguística e à conectividade global?;e qual o lugar e sentidos da alfabetização e da escrita na história de vida de sujeitos da educação de adultos? Os resultados destacaram três movimentos principais percorridos pelos sujeitos da pesquisa, para se tornarem leitores e escritores uns em língua oficial portuguesa, outros em línguas nativas moçambicanas e, outros, ainda, na combinação dessas duas possibilidades. O trabalho vislumbrou elementos que possibilitam a transgressão que se move da língua oficial portuguesa à leitura e escrita em língua nativa e vice-versa, marcando outros possíveis caminhos de apropriação da cultura escrita nos diferentes espaçostempos. As múltiplas possibilidades de acesso a textos,metodologias e práticas da cultura escrita ajudaram a compreender que a escolarização constitui um dos espaços de aprendizagem, mas não o único, porque os sujeitos se inventam e (re)criam cotidianamente. Eventos de leitura e de escrita em relação com contextos socioculturais constituem processos singulares e particulares esta a razão pela qual a formação de leitores e escritores faz sentido para a transformação e o aprendizado dos sujeitos, segundo suas próprias marcas sócio-históricas e étnico-linguísticas |