Vivência de violência conjugal na gestação e puerpério: o discurso de mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Luana Moura lattes
Orientador(a): Gomes, Nadirlene Pereira
Banca de defesa: Gomes, Nadirlene Pereira, Paixão, Gilvânia Patrícia do Nascimento, Gesteira, Solange Maria dos Anjos, Lira, Margarete Olinda de Souza Carvalho e, Couto, Telmara Menezes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39366
Resumo: Introdução: Praticada pelo cônjuge ou com quem a mulher tenha (ou teve) uma relação íntima de afeto, a violência conjugal consiste em qualquer ação ou omissão baseada no gênero que resulte em danos. Esse fenômeno é experienciado por mulheres de todo o mundo, em qualquer momento da vida, inclusive nos períodos gestacional e puerperal, o que pode afetar a sua vida e a do feto/neonato. Objetivo: Conhecer a violência conjugal vivenciada por mulheres durante a gestação e puerpério. Método: Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou como referencial metodológico o Discurso do Sujeito Coletivo. Realizou-se entrevistas com 11 mulheres que relataram vivência de violência conjugal na gestação e puerpério que se encontram em processo judicial junto as 1ª e 2ª Vara de Justiça pela Paz em Casa em Salvador, Bahia, Brasil. Resultados: O estudo revelou que a violência conjugal vivenciada durante a gestação e puerpério é permeada pela agressão física, patrimonial, psicológica, moral e sexual, esta última inclusive desrespeitando o resguardo puerperal. Experienciar essas formas de expressão durante a gestação e puerpério contribui para o surgimento de sinais e sintomas psíquicos e físicos, como distúrbios do sono, tensão emocional, comportamento depressivo, marcas da agressão física e cefaleia, que sugerem implicações para o binômio mãe-filho. Conclusão: A pesquisa aponta para expressões da violência conjugal experienciadas no período gravídico-puerperal que traz implicações para o binômio mãe-filho, colocando-os em rico para outros problemas de saúde. Esses achados alertam sobre a necessidade de atentar aos sinais e sintomas que podem sugerir tal vivência, tendo em vista a intervenção e consequente prevenção por parte dos profissionais de saúde, em especial a enfermeira.