OS GÊNEROS COMUNICATIVOS NA ESCOLA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leite, Marília Roberta da Silva
Orientador(a): Silva, Simone Bueno Borges da
Banca de defesa: Pereira, Júlio Neves, Silveira, Karine Araujo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29160
Resumo: A presente dissertação é o resultado de uma pesquisa que estudou os gêneros comunicativos na escola, considerando uma noção de língua que enquanto processo comunicativo envolve sujeitos situados historicamente, nesse caso alunos, pais e professores, direção e funcionários. Dessa forma, a pesquisa se insere na esfera de discussões acerca dos gêneros discursivos como processo da comunicação e como recurso para o ensino da língua. Inclui-se também no campo de estudo que entende que o gênero pertence a um contexto social e cultural. Nesta perspectiva, a escola foi observada como espaço de interação, onde os gêneros eram constituídos para atender aos objetivos comunicativos do sistema escolar e de seus participantes. Objetivamos, com a pesquisa, verificar quais os gêneros discursivos (orais, escritos ou virtuais) são produzidos na escola pública e na privada, para atender às demandas comunicativas entre direção/coordenação, professores, funcionários, pais e alunos do ensino médio. Como parte dos pressupostos teóricos, escolheu-se entender a língua a partir da perspectiva interacionista, pois estudar os gêneros, em grande medida, equivale a estudar a língua de um determinado grupo social. Com o desenvolvimento deste estudo, pretendeu-se responder as seguintes perguntas: 1. Quais gêneros comunicativos são utilizados nas relações sociais estabelecidas entre alunos, professores, direção, funcionários, pais e comunidade de uma escola pública e outra privada de uma cidade do interior da Bahia? 2. Quais desses gêneros são contemplados nas aulas de Língua Portuguesa das escolas, como instrumento de ensino? Para desenvolver o estudo partimos da compreensão de que a escola é um espaço de interação e, dessa forma, os gêneros estariam mediando as relações entre seus sujeitos através dos comunicados, ofícios, e-mail, rede social entre outros gêneros. Realizamos uma pesquisa qualitativa, interpretativista, de cunho etnográfico em duas escolas, quais sejam: Colégio Estadual Professor Edgard Santos (C1) e Colégio Viana (C2). O conjunto de dados foi composto por visitas de campo, aplicação de questionários, acompanhamento de redes sociais entrevistas e um conjunto de documentos composto por comunicados enviados pela escola, ofícios, contratos, carta de matrícula e e-mails. No intuito de discutir sobre os gêneros como mediadores da comunicação e a utilização dos gêneros no ensino de Língua, a pesquisa fundamentou-se nas reflexões de Bakhtin (2003[1951-1953]), Brait (2005, 2012, 2013), Rojo (2009 e 2014), Schneuwly e Dolz (2004), Marcuschi (2004 e 2008), Orientações Curriculares Nacionais (2006), Rodrigues (2005). Com os resultados, foi possível observar os modos particulares de comunicação nas duas escolas, uma pública e outra privada, em suas relações com os funcionários, pais, alunos e comunidade em geral. Observou-se, também, que os gêneros comunicativos que circulam na escola pouco são utilizados como instrumento de aprendizagem da língua.