ENTRE FICÇÃO E HISTÓRIA: O HERÓI NA COMÉDIA DE DIU, DE SIMÃO MACHADO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Renata Brito dos
Orientador(a): Muniz, Márcio Ricardo Coelho
Banca de defesa: Souza, Arivaldo Sacramento de, Hue, Sheila Moura
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28723
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a construção do herói na Comédia de Diu, de Simão Machado, buscando compreender de que modo a peça se relaciona com o argumento histórico/épico que intitula a obra machadiana: o cerco que os turcos impuseram aos portugueses no ano de 1538. Parte-se, nesse sentido, da explanação do contexto histórico no qual intenta-se responder como as fontes historiográficas são usadas como instrumento político discursivo e podem ampliar o estudo do texto literário ao passo que o texto literário se torna um agente ativo na construção de práticas históricas e culturais. Para tal, apresenta-se, em primeiro plano, uma compreensão da história da relação entre o discurso histórico e o discurso literário. Em seguida, empreende-se uma revisão bibliográfica das principais fontes históricas sobre as circunstâncias que culminaram com a situação do primeiro cerco sofrido pelos portugueses na cidade de Diu, baseando, sobretudo, nas narrativas militares, no período de expansão marítima, como o relato da testemunha ocular do primeiro cerco de Diu – o fidalgo Lopo de Sousa Coutinho. Durante essa etapa inicial, também são abordadas as interações entre ficção e história no que tange ao período de expansão ultramarina. Depois disso, trata-se de recuperar os sentidos de comédia no período em que Simão Machado escreve a Comédia de Diu, para, em seguida, analisar as implicações que envolvem a escolha desse argumento histórico/épico dentro dos limites do gênero comédia. Posteriormente, realiza-se um estudo comparativo da obra machadiana tomada para análise com os documentos históricos, dando ênfase aos modelos de heróis construídos nesse corpus.