Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Costa, Márcia Mateus Tourinho
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Orientador(a): |
Pontes, Suely Aires
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Banca de defesa: |
Pontes, Suely Aires
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Santos, Cristiane de Oliveira
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Moretto, Maria Lívia Tourinho
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39889
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Resumo: |
Esta pesquisa surge da experiência clínica da pesquisadora com pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de referência COVID-19, durante o período de março de 2020 a setembro de 2021, em um hospital de grande porte na cidade de Salvador – BA. A partir dessa experiência foi formalizado como problema de pesquisa a seguinte pergunta: qual é a função do corpo da psicóloga, praticante de psicanálise, no manejo clínico do paciente crítico por COVID-19? O objetivo geral do projeto é discutir a função analítica do corpo da praticante de psicanálise no manejo clínico ao paciente crítico por COVID-19. Enquanto objetivos específicos, propõe-se: I) Caracterizar as transformações do trabalho da psicóloga no hospital em uma UTI COVID-19, em articulação com a teoria psicanalítica; II) Descrever a entrada dos dispositivos virtuais como ferramenta de comunicação e intervenção clínica junto a pacientes hospitalizados em razão da COVID-19 e III) Articular as noções de corpo, posição do analista e desejo do analista em relação aos casos clínicos. Este trabalho se ancora na teoria psicanalítica freudiana e lacaniana como eixo orientador no delineamento conceitual, metodológico e investigativo desta pesquisa, e adota a perspectiva dos corpos a fim de articular as leituras psicanalíticas e o advento da pandemia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com característica retrospectiva e documental, que utiliza como estratégia metodológica o traço do caso (trait du cas). Este método de pesquisa em psicanálise favorece a preservação da identidade dos pacientes e o recorte da questão-enigma em torno dos casos, pois seu interesse está nos elementos que dizem respeito à prática do psicanalista-pesquisador. Portanto, a eleição dos casos está articulada ao seu valor enigmático e de transmissão da clínica psicanalítica, por terem convocado a praticante de psicanálise a produzir uma inventividade em sua função: emprestar corpo e voz. Os resultados nos permitiram isolar o corpo de empréstimo como o traço dos casos, e, nessa direção, as formulações teórico-clínicas deste estudo compreendem o corpo de empréstimo como um operador tático encontrado pela praticante de psicanálise para fazer operar o desejo do analista diante de situações clínicas limites. Espera-se, através do aprofundamento teórico-clínico dessa pesquisa, contribuir com o compromisso ético e político da psicologia e da psicanálise diante do advento da pandemia e suas convocações de reinvenção da clínica. |