TRÊS VEZES RICARDO PIGLIA: Entre a vida, a crítica e a ficção SALVADOR 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Carolina Santos
Orientador(a): Lima, Rachel Esteves
Banca de defesa: Souza, Eneida Maria de, Yerro, Jorge Hernán
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26420
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar três vertentes da obra do escritor argentino Ricardo Piglia. Primeiramente são apresentados alguns aspectos da autobiografia do escritor, intitulada Los diários de Emilio Renzi: años de formación. A análise recai na escolha de Piglia por colocar o seu alter ego, Emilio Renzi, como narrador em primeira pessoa dos diários, evidenciando, assim, a impossibilidade da coincidência entre autor e personagem, corroborada pelas teorias sobre a autobiografia. O segundo capítulo parte da afirmação de Piglia de que a novela policial é a forma ficcional da crítica literária e de que crítico atuaria como um investigador para desvendar um crime que o escritor cometeu. Através do estudo da produção crítica do próprio Piglia, percebe-se que este dá um tom detetivesco aos seus textos e se aproxima, assim, dos detetives das histórias noir. O terceiro capítulo discorre sobre como algumas noções da crítica contemporânea, a exemplo do conceito de pós-autonomia, cunhado por Josefina Ludmer, são pertinentes para analisar duas novelas de Piglia: Nome falso e Prisão perpétua. Conclui-se que a obra de Ricardo Piglia, por seu caráter ambivalente, pode ser lida fora das noções binários de representação, que opõe o real e o fictício, pois o escritor maneja a