Alix Está Ausente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodriguez, Maria Dolores Sosin
Orientador(a): Santos, Lívia Maria Natália de
Banca de defesa: Oliveira, Sayonara Amaral de, Ornellas, Sandro Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28679
Resumo: Esta dissertação é a construção de um percurso sobre a obra Algo: preto (2005), de Jacques Roubaud, a partir das leituras que o livro sugere sobre a dicção do poeta lírico na contemporaneidade e as ressonâncias que são encontras nos desdobramentos da crítica biográfica e do que ela representa para a teoria literária. Nesse sentido, e levando em consideração que o livro foi escrito em decorrência da morte da esposa do autor, Alix Cléo, este trabalho desenvolve articulações sobre esse ser ausente e que é remontado no livro por meio de uma virtualidade, tensionando para a concepção de um sujeito lírico que se constrói, por meio do texto literário, e em fricção e contaminação com o sujeito empírico, na formação de uma temporalidade poética que ordena outras discursividades a respeito da concepção de uma memória. Articulando essa cena, buscando compreender a ordem instaurada por Eros e Tânatos, o texto poético se organiza no sentido de criar um universo que interroga as demarcações de um texto que está entre a poesia e a autobiografia e de uma teoria que precisa abranger as particularidades de uma voz que se anuncia em um contexto que motiva o debate sobre as regularidades da teoria literária e do cânone, dando passagem para a interpretação de um conhecimento que se erige levando em conta a potência de uma experiência. Desarticulando as estruturas e interrogando uma centralidade e uma origem, o livro fulgura como a possibilidade de desierarquização das formas e dos discursos que está sendo demandada, aqui, por um saber investigativo que problematiza a relação complexa entre obra e autor.