Petrografia, litoquímica e geocronologia do complexo gnáissico-migmatítico do cinturão Salvador-Esplanada-Boquim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida Junior, Marcus Vinicius Costa
Orientador(a): Leal, Angela Beatriz de Menezes
Banca de defesa: Lenz, Cristine, Macêdo, Eron Pires, Oliveira, Jailma Santos de Souza de, Barbosa, Natali da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32778
Resumo: O Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim (CSEB) se localiza na porção nordeste do Cráton do São Francisco, nos estados da Bahia e Sergipe, apresentando duas faixas litológicas de rochas metamórficas, denominadas Complexo Gnáissico-Migmatítico (CGM) e Complexo Granulítico Esplanada-Boquim (CGEB). O presente trabalho se restringiu aos estudos de campo, petrográficos, litoquímicos e geocronológicos do CGM. Macroscopicamente, este complexo apresenta-se bastante migmatizado, com predominância do processo na sua porção ocidental. O estudo petrográfico permitiu classificar as rochas como graníticas a granodioríticas e, subordinadamente tonalíticas. Litoquimicamente subdividiu-se as rochas em sódicas, potássicas e intermediárias, em virtude da alcalinidade das mesmas, sendo caracterizadas como peraluminosas a metaluminosas. Análises dos elementos traço, terras raras e as razões Eu/Eu* permitiram interpretar a ocorrência de processos metassomáticos, a partir de fusão crustal de natureza cálcio-alcalina. Foram realizadas oito análises geocronológicas U-Pb (LA-ICP-MS) em zircões das rochas do CGM, sendo seis nas encaixantes e duas em diques graníticos. Os dados obtidos permitiram concluir que as rochas do CGM se formaram entre 2150 ± 19 – 2188 ± 30 Ma, enquanto que os diques tiveram a sua cristalização concomitante ao processo de metamorfismo regional, em 2073 Ma aproximadamente. Esses eventos metamórficos são interpretados como produtos da colisão com o Bloco Serrinha, gerando deformação, compressão e soerguimento dessas rochas, configurando as zonas de falhas de empurrão e cisalhamento regionais, presentes neste cinturão. Posteriormente erodidas, exumou-se as raízes granulíticas do CGEB, estabilizando da forma como se encontra atualmente, com as rochas do CGM, situando-se a leste e oeste do CGEB.