A campanha contra o Projeto Escola Sem Homofobia como pânico moral concreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Naves, Bárbara de Sá
Orientador(a): Aguiar, Julio Cesar de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34606
Resumo: O presente estudo aponta as reações contra os materiais didáticos que compunham o Projeto Escola Sem Homofobia, uma iniciativa do governo da então presidenta Dilma Rousseff, como um caso de pânico moral concreto. Para auxiliar nessa investigação, utiliza como guia a abordagem indutiva proposta por Sara W. Monod, a qual apresenta etapas que auxiliam o pesquisador na identificação do porquê acredita estar diante de um pânico moral. Como metodologia, o estudo, além da análise a partir das teorias a respeito do tema, elegeu a técnica denominada Template Analysis, para analisar discursos proferidos na Câmara dos Deputados e matérias jornalísticas publicadas nos principais veículos de notícias do país entre novembro de 2010 — mês de realização do seminário Escola sem Homofobia na Câmara dos Deputados — a maio de 2011 — mês em que foi o projeto foi suspenso pela então Presidenta Dilma Rousseff. Com relação às notícias, foram analisadas as que se referiam ao “kit gay”, veiculadas posteriormente (até o ano de 2022). A pesquisa tem o intuito de investigar e compreender as causas subjacentes à gênese desse pânico moral. Os dados coletados levam à conclusão de que o fenômeno observado, para além de ser uma reação às conquistas da população LGBTQIAPN+, foi utilizado como estratégia da extrema direita para ascender ao poder e conquistar espaços.