Orientação epistêmica, estilo pessoal e regulação emocional: Contribuições para a compreensão do bem-estar psicológico do psicoterapeuta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Palma, Emanuel Missias Silva
Orientador(a): Gondim, Sônia Maria Guedes
Banca de defesa: Vandenberghe, Luc Marcel Adhemar, Ferreira, Tiago Alfredo da Silva, Pereira, Cícero Roberto, Magalhães, Mauro de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24364
Resumo: A saúde mental do psicoterapeuta tem sido tradicionalmente tratada a partir da perspectiva do adoecimento. Diversos estudos teóricos e empíricos têm se dedicado à identificação de preditores ou à recomendação de estratégias preventivas de mal-estar associado ao exercício profissional. A presente tese, ao contrário, pretende contribuir para a compreensão do bem-estar psicológico do psicoterapeuta a partir de algumas de suas características pessoais. O objetivo geral foi examinar o poder preditivo da orientação epistêmica, do estilo pessoal e da regulação emocional do psicoterapeuta sobre o seu bem-estar psicológico. Para tal fim, foram realizados quatro estudos empíricos de caráter quantitativo e de corte transversal. Participaram 674 psicoterapeutas brasileiros, de diferentes orientações teóricas, formações de base e anos de experiência. Os participantes responderam a um questionário online contendo medidas das variáveis psicológicas estudadas e questões sociodemográficas e profissionais. Para fins desta tese, foi criada uma medida de orientação epistêmica e adaptada uma medida de estilo pessoal. Ambas as escalas foram submetidas a uma análise fatorial confirmatória mediante equações estruturais. A escala de orientação epistêmica passou inicialmente por uma análise fatorial exploratória, sendo verificada sua consistência interna tanto pelo alfa de Cronbach quanto pela confiabilidade composta. As relações entre as variáveis estudadas foram examinadas por meio de análises descritivas, multivariadas e modelagem por equações estruturais. Em termos de validação de medidas, os resultados revelaram medidas com qualidades psicométricas satisfatórias. Foram encontradas associações entre a orientação epistêmica, o estilo pessoal e as estratégias de regulação emocional, variáveis que se mostraram preditoras do bem-estar psicológico. As estratégias de regulação emocional ascendentes e descendentes demonstraram maior poder de predição, além de mediarem a relação entre a orientação epistêmica e o bem-estar psicológico do psicoterapeuta. Em síntese, as principais contribuições da tese são: (a) criar e validar uma medida de orientação epistêmica para o contexto brasileiro; (b) validar uma medida de estilo pessoal do terapeuta para o contexto brasileiro; (c) trazer evidências empíricas de associações entre orientação epistêmica, estilo pessoal e regulação emocional em uma amostra de psicoterapeutas; e (d) colocar em destaque o papel da regulação emocional no bem-estar psicológico de psicoterapeutas, o que pode gerar insumos para orientar a formação desse profissional.