Development of an online intervention to promote parents’ subjective well-being

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Antonio Carlos Santos da lattes
Orientador(a): Alvarenga, Patrícia lattes
Banca de defesa: Alvarenga, Patrícia, Noronha, Ana Paula Porto, Carneiro, Laila Leite, Baños Rivera, Rosa María, Gondim, Sônia Maria Guedes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Departamento: Instituto de Psicologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36687
Resumo: O bem-estar subjetivo é um conceito utilizado em Psicologia para se referir à felicidade. A experiência da parentalidade pode afetar o bem-estar subjetivo de mães e pais, reduzindo sua satisfação com a vida. O bem-estar subjetivo está associado a práticas e estilos parentais, e a desfechos desenvolvimentais infantis. O presente estudo teve o objetivo de desenvolver uma intervenção online para promover o bem-estar subjetivo de mães e pais de crianças de 3 a 6 anos de idade. Este objetivo foi atingido por meio de três estudos complementares, que resultaram em três artigos. O Estudo 1 apresenta um modelo teórico das relações causais entre bem-estar subjetivo parental, práticas parentais, estilos parentais e competência socioemocional infantil. O modelo foi elaborado em três etapas. Primeiro foram apresentadas as dimensões dos quatro conceitos estudados e seus principais preditores. Em Segundo lugar, foram discutidas evidências empíricas das relações recíprocas entre os quatro construtos. Em terceiro lugar, foi proposto um modelo teórico das relações entre essas variáveis. De acordo com este modelo, o bem-estar subjetivo parental apresenta relações bidirecionais de causalidade com as práticas e estilos parentais, e com a competência socioemocional infantil. O bem-estar subjetivo parental afeta a competência socioemocional infantil direta e indiretamente, via práticas parentais, cujo impacto é moderado pelos estilos parentais. O Estudo 2 se refere a uma revisão integrativa que teve o objetivo de analisar as estratégias de intervenção utilizadas para promover o bem-estar subjetivo de mães e pais de crianças de 0 a 11 anos. A busca foi realizada nas bases de dados Web of Science, Scopus, PsycINFO, PubMed e LILACS, considerando artigos escritos em inglês, espanhol ou português. Dois juízes independentes coletaram e analisaram os dados, usando o aplicativo online Rayyan. Onze artigos cumpriram os critérios de inclusão e descreveram 21 estratégias, que foram classificadas como comportamentais, cognitivas ou emocionais. Intervenções que impactaram apenas a dimensão afetiva do bem-estar subjetivo parental incluíram apenas estratégias comportamentais e cognitivas. Por outro lado, as intervenções eficazes sobre as dimensões afetivas e cognitivas incluíram estratégias emocionais, além de comportamentais e cognitivas. O Estudo 3 descreve o processo de desenvolvimento de uma intervenção online para promover o bem-estar subjetivo de mães e pais com baixa escolaridade, de crianças de 3 a 6 anos, utilizando a abordagem de Mapeamento de Intervenção. Esse protocolo compreende seis etapas, e as quatro primeiras foram realizadas no Estudo 3. Na primeira etapa, foram realizados uma revisão integrativa, três grupos focais com mães e pais, e uma entrevista com uma agente comunitário de saúde para identificar fatores de risco e proteção do bem-estar subjetivo parental. Os resultados possibilitaram o delineamento do modelo lógico do problema. Nas três etapas seguintes, foram desenvolvidos um modelo lógico de mudança e uma matriz de objetivos, foram selecionados os modelos teóricos e as estratégias práticas, e foram descritos os componentes e materiais do Bem-Estar Subjetivo Parental (BESP) [Parental Well-being Program (PWP), em inglês]. O BESP é um programa online de 10 semanas que inclui atividades autoadministradas baseadas em vídeo, e uma videoconferência semanal com um psicólogo. Essa intervenção pode afetar direta e indiretamente o bem-estar subjetivo parental, por meio de práticas e estilos parentais, e desfechos desenvolvimentais infantis. Do mesmo modo, o BESP pode afetar desfechos desenvolvimentais infantis indiretamente, por meio do bem-estar subjetivo parental, e das práticas e estilos parentais.