Estudo teórico-analítico sobre o uso de facetas na organização da informação e na estruturação de ambientes digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Da Silva, Márcio Bezerra
Orientador(a): Miranda, Zeny Duarte de
Banca de defesa: Neves, Dulce Amélia de Brito, Correia, Ricardo João Cruz, Cervantes, Brígida Mara Nogueira, Toutain, Lídia Maria Batista Brandão
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciência da Informação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28130
Resumo: Apresenta o uso de facetas, oriunda da teoria da classificação facetada do indiano Shiyali Ramamrita Ranganathan, como forma de organizar a informação e estruturar ambientes digitais. Discute-se na fundamentação teórica o elemento faceta a partir da organização do conhecimento, a partir das características que formalizam a teoria da classificação facetada e a partir da arquitetura da informação com ênfase nas estruturas de organização. Objetiva-se investigar a aplicação de facetas como modelo de organização da informação e estruturação de ambientes digitais. Adota um procedimento metodológico constituído pelo método indutivo e pelas técnicas de pesquisa aplicada, exploratória e bibliográfica, aos quais subsidiaram, no período de maio até dezembro de 2017, as abordagens de coleta de dados quanti-qualitativa em 35 modelos de facetação e na análise de interface em dois ambientes digitais conforme a teoria da classificação facetada, sendo um do escopo acadêmico-profissional e outro do mundo dos negócios. Apresenta como resultados da pesquisa a multidimensionalidade como característica que motiva o uso de facetas na organização do conhecimento e na arquitetura da informação, a maioria dos modelos de facetação encontra-se na disciplina da organização do conhecimento, a maior parte aplica-se em ambientes digitais, a aplicação em ambientes físicos etagna-se em 2006 enquanto que cresce a aplicação em ambientes digitais desde 2003, o escopo acadêmico-profissional foi o mais adotado entre os modelos de facetação, a categoria personalidade foi a mais presente entre as demais dimensões da mnemônica e as interfaces analisadas possuem uma espécie de padrão adotada nos websites contemporâneos a partir de uma taxonomia navegacional, ao qual organiza a informação por categorias fundamentais e pelas suas respectivas facetas, e a partir de uma lista de ocorrências que pode ser filtrada conforme as escolhas de navegação e/ou busca do usuário. Conclui-se que, tanto a organização do conhecimento, quanto a arquitetura da informação, discutem o desenvolvimento e adoção de sistemas de organização do conhecimento facetados a partir da defesa de que um mesmo produto tenha interpretações diferentes em uma taxonomia navegacional, formalizam a multidimensionalidade ranganathiana, mas sem segui-la na íntegra, adotam mnemônicas personalizadas e mostram que os websites contemporâneos, sejam acadêmico-profissionais e/ou comerciais, assumiram a facetação como um meio que não se limita a organizar a informação, mas também a estruturar ambientes digitais.