Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Mayana Bonfim
 |
Orientador(a): |
Gomes, Nadirlene Pereira
 |
Banca de defesa: |
Gusmão, Maria Enoy Neves,
Carvalho, Amâncio António de Sousa,
Pereira, Maria da Conceição Rainho S.,
Lírio, Josinete Gonçalves dos Santos,
Martins, Ridalva Dias,
Gomes, Nadirlene Pereira |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
|
Departamento: |
Escola de Enfermagem
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39363
|
Resumo: |
A violência contra a mulher é um fenômeno que impacta a saúde feminina com sérias implicações para a esfera mental, podendo levar a ideação suicida como uma resposta de escapar dos sofrimentos provenientes da vivência desse agravo. O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados à ideação suicida em mulheres com história de violência conjugal. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, que ocorreu entre fevereiro e junho de 2021 por meio de entrevistas. Foram 231 mulheres maiores de 18 anos acompanhadas pela Operação Ronda Maria da Penha na cidade de Salvador/BA sendo excluídas aquelas que informaram ter diagnóstico de transtorno mental. Os dados foram analisados no software Rstudio e verificado a associação entre o desfecho (ideação suicida) e as variáveis independentes, foi efetuado o cálculo da razão de prevalência (RP) por meio de uma análise bivariada a partir do teste Qui–quadrado de Pearson e teste exato de Fisher considerando um valor de p ≤ 0,05 para associação estatisticamente significante. Verificou-se associação positiva não estatisticamente significante para o desenvolvimento de ideação suicida nas mulheres de raça/cor negra (RP= 1,52), que possuíam uma religião (RP=1,49) e estavam separadas de seus parceiros (RP= 4,99). Já aquelas mulheres que trabalhavam de forma remunerada (RP=0,87) e não dependiam financeiramente de alguém (RP=0,81) apresentaram associação negativa, não estatisticamente significante. Constatou-se também que entre as mulheres que apresentaram TMC tinham 13,13(RP= 13,13) vezes mais probabilidade de relatarem ideação suicida quando comparadas aquelas que não tinham TMC, cuja associação foi estatisticamente significante (p=0,001). No que se refere a vivência de violência na infância evidenciou uma associação positiva para ideação suicida, sendo estatisticamente significativa, as mulheres que vivenciaram na infância a violência psicológica (RP=1,67; p-valor= 0,019), violência física (RP=1,63; pvalor=0,049) e violência sexual (RP= 1,81 p-valor=0,009). Diante o exposto sugere que a raça/cor negra, a religião, o estado civil das mulheres, experienciar violência na infância e apresentar transtorno mental comum podem estar diretamente relacionados à ideação suicida, no entanto, o emprego remunerado e a independência financeira parecem desempenhar um papel protetor para o desfecho. Fica evidente que esses achados estão intrinsecamente associados a um risco significativamente maior de ideação suicida em mulheres que sofrem violência conjugal. |