Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Soares, Flávio Neves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-15052004-200825/
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Resumo: |
Introdução: Ideação suicida e tentativas de suicídio são geralmente complicações dos transtornos psiquiátricos. O estudo da freqüência e fatores associados podem contribuir para uma abordagem mais adequada por profissionais de saúde mental. Objetivos: Estimar a prevalência de tentativas e pensamentos suicidas, em pessoas com transtornos mentais graves (TMG) e as associações com características sócio-demograficas, diagnóstico, ajustamento social, sintomas psiquiátricos, uso de substâncias psicoativas, envolvimento familiar e tratamentos realizados. Método: Foram entrevistados e avaliados 192 pessoas que apresentavam TMG, com idade entre 18 e 65 anos e que tiveram contato com os serviços de saúde mental de três regiões definidas do município de São Paulo em período determinado. Utilizou-se anamneses estruturadas com questionários padronizados e escalas psicométricas. As entrevistas foram realizadas no domicílio do paciente. Realizou-se análise descritiva, análise univariada e análise multivariada. Resultados: Da amostra estudada predominaram as pessoas do sexo masculino (53,1%), solteiras (57,3%), com diagnóstico de esquizofrenia (58,3%). Poucas pessoas apresentavam abuso ou dependência de álcool (7,3%) e apenas três pessoas (1,6%) não utilizaram medicações psiquiátricas no período de um ano anterior à entrevista. Cento e nove (57,7%) entrevistados apresentaram pensamentos suicidas ao longo da vida e nos 12 meses anteriores a entrevista, trinta e oito (20,1%) tiveram tais pensamentos. Cinqüenta e nove (30,9%) pessoas já haviam tentado suicídio durante a vida e oito (4,2%) apresentaram tentativas nos 12 meses anteriores à entrevista. Para todas as variáveis de desfecho, apresentaram associação estatística, a presença de sentimentos de culpa e sintomas depressivos. Na análise multivariada, o uso de neurolépticos apresentou associação com pensamentos e tentativas de suicídio ao longo da vida. Conclusão: Ideação e tentativas de suicídio foram bastante prevalentes na população estudada devendo sempre ser investigadas pelos profissionais de saúde mental, para que se possa tomar as devidas condutas, como o manejo dos sentimentos de culpa e depressão, além do ajuste correto da medicação para o transtorno mental. |