Dança gospel: adoração, evangelização e mercadoria no contexto religioso evangélico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Zélia Priscila Nogueira Rodrigues dos
Orientador(a): Ferreira, Maíra Spanghero
Banca de defesa: Silva, Márcia, Santos, Rogério
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: ESCOLA DE DANÇA
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DANÇA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33558
Resumo: A dança na igreja evangélica pode ser percebida como um fenômeno que está em expansão, se ampliando para além do âmbito religioso, incluindo festivais, concursos e academias fora dos templos. A partir desta observação caberia perguntar: quais seriam os modos de ocorrência desta prática neste contexto? Qual seria o papel que a dança cumpre na igreja? Diante das pistas encontradas é possível sugerir que a dança gospel abarca as distintas variações de dança nesse contexto. Há indícios de que a dança tem cumprido um papel litúrgico e também vinculado a uma lógica mercantil tão presente nas igrejas evangélicas, servindo como reserva de mercado, propaganda e difusão de uma ideologia. Essa pesquisa faz um levantamento de dados, a fim de traçar um panorama desses modos de ocorrência a partir das dimensões de criação, sacralização no ritual (culto), modos de disseminação (evangelização) e ensino dentro de grupos de dança evangélicos. Além de um levantamento de dados referente aos modos de ocorrência da dança, a pesquisa realiza um levantamento bibliográfico com autores que contribuem com a discussão acerca dessa temática, tais como: Agamben (2009), Britto (2011), Cunha (2004), Katz e Greiner, (2005) e Lipovetsky e Serroy (2015). A pesquisa aponta a coimplicação entre corpo, dança e religião que se constituem mutuamente, atendendo ao que Gilles Lipovetsky e Jean Serroy (2015) apresentam como capitalismo artista, e, portanto, a dança se torna mercadoria. Há uma sacralização do profano e uma profanação do sagrado, para que a igreja evangélica possa se adaptar e sobreviver. Com esse trabalho espera-se suscitar um diálogo (teórico, histórico e analítico) com os campos da religião e da dança; contribuindo com a reflexão e análise sobre este fenômeno tão contundente na cultura contemporânea.