Acolher e alienar: pistas e ficções sobre urbanismo, cidade, turismo e saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Natalia Gabriel lattes
Orientador(a): Portela, Thais de Bhanthumchinda lattes
Banca de defesa: Portela, Thais de Bhanthumchinda lattes, Bechler, Janaina lattes, Pereira, Gabriela Leandro lattes, Paulon, Simone Mainieri lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) 
Departamento: Faculdade de Arquitetura
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37997
Resumo: Duas figuras são tensionadas ao longo dessa pesquisa transdisciplinar, representadas pelo louco e pelo turista. Em ambas há um caráter desviante em relação ao comportamento padronizado, as normas sociais e ao planejamento urbanos, pois ultrapassam os limiares que enquadram maneiras de fazer, existir e se relacionar com a cidade. Muitas vezes incômodos e fora de lugar, o louco e o turista mobilizam sensações quando a alteridade é possível, permitindo flexionar o olhar no sentido de uma cidade-subjetividade, constitutivas mutuamente. Nessa pesquisa, o que interessa ao criar e perceber conexões entre os campos da Psicologia Social, Urbanismo e Turismo, é investigar como se dão diferentes processos de alienação na produção do espaço e como se faz acolhimento nesse contexto. Acolher e alienar, por essa perspectiva, são ações simultâneas e coexistentes em um mesmo lugar de Salvador, o Centro Antigo. Dois equipamentos de acolhimento são definidos, o Fera Palace Hotel e o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II Jardim Baiano. Usando do método cartográfico para liga-los, e também as figuras que dão sentido a eles, a metodologia reúne diferentes modos de apreensão da cidade (mesclando caminhar, parar, insistir - percorrendo diferentes ruas entre o hotel e o CAPS). Outro instrumento de que se vale a cartografia nessa pesquisa, é a análise de discursos políticos por onde aparecem pistas indicando entendimentos sobre o tema em questão. As possibilidades do método escolhido são muitas e, dentro disso, o corpo vibrátil ativo, de Suely Rolnik, atento e disponível é indispensável para pensar cidade. Por fim, a proposta é abrir espaço e convidar a Amaciar Dureza, lugar da pesquisa em que a narrativa ficcional ajuda a adentrar no texto e permite que um personagem conduza os interessados por uma Salvador múltipla, acolhedora e alienante ao mesmo tempo.