Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jean Ferreira
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Orientador(a): |
Moura, Gilsamara |
Banca de defesa: |
Moura, Gilsamara,
Conrado, Amélia Vitória de Souza,
Santana, Tássio Ferreira,
Petit, Sandra Haydée |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36904
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Resumo: |
A presente Dissertação de Mestrado Acadêmico em Dança interpreta a relação do Corpo e do Candomblé na construção de saBenças, as quais suplantadas pelo axé/nguunzo (força vital) dos Espaços-Terreiros, contribuem de forma contundente para constituir o que se apresenta como Corpo-Ebó. Apontamos que este Corpo move e Dança a existência negro-brasileira na diáspora. O/Um Corpo-Ebó é um movimento ancestral, o qual age cognitiva e epistemologicamente para encantar o mundo em perspectiva negrorreferenciada, visa e sustenta revoluções negras. É o/um corpo político justamente por constituir-se da natureza Terreira. É também capaz de estabelecer outras escrituras da existência negro-brasileira no aiê (terra), inspirado dos legados negroafricanos, sustentados, desde que a colonização fora a principal estratégia política de dominação social no Brasil. Portanto, o Corpo-Ebó é decolonial. Para tanto, encorpamos a Pesquisa Encruzilhada (FERREIRA, 2019, 2021), aqui entendida como Metodologia da Gira, de modo a substanciar uma episteme negra assentada à imagem do Jogo de Búzios – tecnologia e prática recorrente nos Terreiros de Candomblés na Bahia. Assim, espalha-se tais saBenças no grande alguidar da esperança, no qual o discurso/função do ebó (oferenda, comida, sacrifício) escorre para elaborar o modus operandi do/de um Corpo-Ebó. A estrutura epistêmica está dividida em seções, sendo três “Entradas”, três “Notas Suplementares”; seguidas de três “Jogos abertos”, nos quais as Caídas se manifestam pelo cruzo de seis comunicações. Ademais, há três “Caídas Suplementares”, três “Caídas Exigidas” e seis “Itan Contemporâneos em Diáspora”. Desse modo, estabelece-se relações entre o referencial principal, com o secundário e o terciário – a encruzilhada-epistêmica se faz e refaz efetiva. Assim, move-se esta episteme negra Terreira junto a Prandi (2001, 2006, 2017, 2018), Beniste (2016, 2021), Santos (2020, 2021), Santana (2019) e Ferreira (2019, 2021), Simas e Rufino (2018, 2019), Petit (2015), Rufino (2016, 2019), Santos (2016), Simas (2020), Quijano (2005), Machado (2010), Machado (2019), Novaes (2021), Sodré (2019), Santos (2012), Reis (2014), Maurício (2009), Lima (2015), Oliveira (2005, 2021), Nascimento (2016). De modo secundário: Rocha (1999), Lagos I (2021), Martins (2014), Oxóssi (2020), Krenak (2020), Cunha (2007), Póvoas (2004, 2015), Sousa Junior (2018, 2019) e outros/as; e de modo terciário: Conrado (2021), Amado (1970), Amancio (2019), Silva (2021) e outros/as. Por fim, o Corpo-Ebó elabora danças como cruzos/discursos políticos de continuidade ancestral e permanência; legitimação e afirmação de si e sua egbé (comunidade), sendo a ancestralidade a benquerença indivisível que une Orum/Aiê Ntoto/Duílo – Terra e Céu, sendo Nós, pessoas negro-brasileiras e Corpos-Ebós, junto aos/as Orixás, Inquices, Voduns, Caboclos/as, Aldeias, Caciques, Tupã e a Natureza em festiva alacridade de Danças, potências das revoluções negras tão pautadas pelas políticas da contemporaneidade. |