Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martins, Raquel Salama
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Orientador(a): |
Serafim, José Francisco
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Banca de defesa: |
Serafim, José Francisco
,
Coelho, Sandra Straccialano
,
Pinheiro, Joceny de Deus
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM)
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37458
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Resumo: |
Este trabalho busca refletir sobre a função do som ambiente no desenvolvimento da narrativa fílmica documental contemporânea. Com base nos estudos do cinema e do som na linguagem audiovisual, tendo como referência autores como Michel Chion, Murray Schafer e Daniel Deshays, compreendemos o som enquanto um recurso narrativo, e não apenas um “valor acrescentado à imagem visual” (CHION, 2008). Estudos das pesquisadoras brasileiras Clotilde Guimarães, Viviane Vedana, Joceny Pinheiro, Consuelo Lins e Cláudia Mesquita, dentre outros que abordam questões do som no cinema documentário brasileiro, nos indicam caminhos para investigar os modos pelos quais o som ambiente pode narrar histórias nesses filmes. Os objetos de estudo a serem pesquisados são obras de Evaldo Mocarzel (Quebradeiras, 2009), Maya Da-Rin (Terras, 2009) e Marcos Pimentel (Sopro, 2013), cineastas brasileiros reconhecidos pela produção de documentários que buscam um registro e tratamento cuidadoso do som ambiente. Partimos da hipótese de que há um conjunto de produções no documentário brasileiro contemporâneo que aponta para o mesmo caminho de explorar o som ambiente para além de um acessório figurativo da imagem. Com base nos conceitos de paisagem sonora, desenho sonoro e hiper-realismo sonoro, ao longo das análises fílmicas procuramos compreender as formas pelas quais os sons do ambiente deixam de ser usados apenas como um pano de fundo sônico das imagens e passam a constituir, por si mesmos, um recurso narrativo, produzindo sentidos e sensações. Para realizar tais análises e comprovar nossa hipótese acerca da função do som ambiente na construção narrativa de um conjunto de documentários brasileiros contemporâneos, foi aplicada uma perspectiva de análise interna das obras (AUMONT e MARIE, 2009), metodologia adotada pelo núcleo Nanook de cinema documentário, do Laboratório de Análise Fílmica, coordenado pelo professor José Francisco Serafim. Compreendendo o filme como um meio de expressão, este tipo de análise centra-se no espaço fílmico enquanto um texto, sem deixar de levar em conta seu contexto, e recorre a conceitos cinematográficos relativos à imagem, ao som e à estrutura do filme para explicitar seu funcionamento e propor uma interpretação. |