Avaliação do balanço metabólico de ácidos graxos, gordura e cálcio em lactentes alimentados com diferentes fórmulas infantis: um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, crossover

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Carolina Oliveira de
Orientador(a): Ribeiro Júnior, Hugo da Costa
Banca de defesa: Oliveira, Maria Beatriz Prior Pinto, Ribeiro, Tereza Cristina Medrado, Valois, Sandra Santos, Mattos, Ângela Peixoto de, Ferreira, Ederlan de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24297
Resumo: RESUMO A oleína de palma é usada como fonte de ácido palmítico (C16:0) em fórmulas infantis (FI) para reproduzir o perfil de ácidos graxos (AG) do leite humano. Este estudo, inédito no Brasil, buscou avaliar comparativamente os efeitos de FI comercialmente disponíveis contendo diferentes composições de gorduras, uma com oleína de palma e outra sem oleína, sobre o balanço metabólico de ácidos graxos, gordura e cálcio em crianças a termo saudáveis. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, do tipo crossover, realizado com 33 lactentes (68 – 159 ± 3 dias de vida) de ambos os sexos, randomizados para alimentação com as fórmulas em estudo por 14 dias (período de tolerância), seguido por um período de balanço metabólico de 4 dias em 17 indivíduos do sexo masculino. A fórmula PALM continha oleína de palma (44%), óleo de palmiste (21,7%), e o óleo de canola (18,5%), enquanto a fórmula NoPALM continha outras fontes de gordura. A absorção de gordura (%) foi maior para alimentação NoPALM (96,55%) do que PALM (95,50%), p = 0,023. As porcentagens de absorção de C16:0, não diferiram significativamente entre os grupos (p>0,05), mas este ácido foi excretado em concentrações mais elevadas (p<0,05) na alimentação com a fórmula PALM (29,42 mg/kg/dia) do que NoPALM (12,28 mg/kg/dia). As crianças alimentadas com a fórmula NoPALM apresentaram uma maior porcentagem de absorção DHA e ARA, em função da fonte desses ácidos utilizada. A absorção de cálcio no grupo NoPALM (58,00%) foi maior do que no PALM (40,90%), mas sem diferença significativa (p=0,104), quando a ingestão de cálcio foi usada como covariável. Entretanto, a retenção de cálcio foi maior para alimentação NoPALM com e sem a ingestão de cálcio como covariável. Efeitos adversos não foram significantes (p>0,05). As porcentagens de absorção de AG essenciais e totais foram semelhantes para ambas as fórmulas, mas AG poli-insaturados de cadeia longa foram melhor absorvidos a partir da fórmula NoPALM. Lactentes alimentados com FI contendo oleína de palma apresentaram menores retenções de gordura e de cálcio, demonstrando que diferenças na composição de gordura em FI podem influenciar a absorção de nutrientes. Palavras-chaves: oleína de palma, óleo de palmiste, balanço metabólico, absorção de nutrientes, lactentes.