Avaliação preliminar do programa de triagem pré-natal de infecções detectadas em papel de filtro nas macrorregiões Sul e Sudoeste da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: São Pedro, Simone Andrade Porto
Orientador(a): Costa, Maria de Fátima Dias
Banca de defesa: Costa, Maria de Fátima Dias, Nascimento, Roberto José Meyer, Gomes, Maria Auxiliadora de Souza Mendes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22546
Resumo: A transmissão de infecções de mãe para filho durante a gestação, o trabalho de parto, o nascimento e pelo leite materno, responsável pelo aumento da morbimortalidade do binômio mãe-filho, ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil. O Programa de Triagem Pré-Natal em Papel Filtro visa à redução de danos e da transmissão vertical, a partir da triagem de oito patologias ou agentes etiológicos: sífilis, HIV 1 e 2, hepatites B e C, HTLV, toxoplasmose, citomegalovírus e hemoglobinopatias, numa única técnica em papel filtro. O objetivo deste trabalho foi estimar a taxa de detecção precoce dessas patologias no referido Programa, nas macrorregiões Sul e Sudoeste do estado da Bahia. Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados por um período de dois anos – agosto 2013 a agosto de 2015– , obtidos do núcleo do sistema de processamento de dados do LABIMUNO/ICS/UFBA. Foram incluídas um total de 64.742 gestantes, 51,4% da macrorregião Sudoeste e 48,6% da Sul, totalizando 549.401 exames de triagem, sendo 51,9% da macrorregião Sudoeste e 48,1% da macrorregião Sul. A média das idades foi de 25 anos para a macrorregião Sudoeste e 23 para Sul. Os resultados de exames de triagem para a macrorregião Sudoeste mostraram positividade de 0,13% para AgHBs, 0,17% para citomegalovírus, 0,07% para HCV, 0,13% para HTLV, 0,04% para HIV, 1,2% para sífilis e 0,54% para toxoplasmose. No mesmo período, os resultados de exames de triagem para a macrorregião Sul mostraram positividade de 0,29% para hepatite B, 0,22% para citomegalovírus, 0,09% para hepatite C, 0,38% para HTLV, 0,19% para HIV, 2,84% para sífilis e 0,73% para toxoplasmose. As estimativas de cobertura encontradas para as macrorregiões Sudoeste e Sul foram consideradas satisfatórias.Os resultados dos exames de triagem para a anemia falciforme mostraram positividade de 0,02% e 5% das pacientes da macrorregião Sudoeste apresentaram traço falcêmico. Na macrorregião Sul, foi encontrado 0,04% com anemia falciforme e 6,3% apresentaram o traço falcêmico. Este estudo sugere que as frequências das infecções na saúde materno-fetal foram consideradas baixas, com um destaque para sífilis e para a presença do traço falcêmico