Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Palasson, Rosilene Rocha |
Orientador(a): |
Figueiró-Filho, Ernesto Antônio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/414
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Resumo: |
A leishmaniose visceral na gestação é considerada evento raro e as publicações dos casos existentes são importantes para elucidar as formas adequadas de manejo da doença, de modo a prevenir complicações à gestante e ao recém-nato. O objetivo deste estudo foi descrever os casos de leishmaniose visceral em gestantes ocorridos no município de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, Brasil, observando os fatores de risco epidemiológico e a taxa de transmissão vertical. Foram pesquisados 11 casos confirmados de gestantes diagnosticadas com a doença no período de janeiro 2001 a dezembro de 2007. Trata-se de estudo transversal do tipo série de casos, descritivo, retrospectivo e observacional. A idade média das gestantes portadoras da doença foi de 21 6 anos, variando entre 16 e 36 anos; 18% encontravam-se na segunda gestação, 67% no segundo trimestre de gravidez; a idade gestacional média foi de 26 10,4 semanas. Os resultados dos exames laboratoriais na admissão mostraram-se alterados, com presença de anemia (100%), plaquetopenia (91%), inversão da relação albumina–globulina (63,7%) e pancitopenia. O método de diagnóstico utilizado foi a pesquisa do parasito em lâmina de aspirado de medula óssea (72,7%), associado ao teste de imunofluorescência indireta reagente. O medicamento de escolha para as participantes do estudo foi a anfotericina B, nas formas de desoxicolato (53%) ou lipossomal (47%). Entre os casos analisados, ocorreu um aborto na 17a semana de gestação e uma morte materna após o parto. A taxa de transmissão vertical presumida de leishmaniose visceral foi de 27,3%. O estudo revelou a possibilidade de ocorrência de transmissão da mãe para o recém-nascido, cujas conseqüências incluem morte e prematuridade. Tais possibilidades enfatizam a necessidade de se realizar diagnóstico precoce, com instituição de terapia medicamentosa e acompanhamento intensivo com o objetivo de evitar complicações. |